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Jorge Viana e gestores se reúnem para avaliar setor madeireiro no Estado

A atividade de fabricação de móveis e objetos de madeira – um dos setores que mais sofreu o impacto das medidas de controle e fiscalização do desmatamento e da política ambiental desenvolvida pelo governo da Frente Popular nos últimos 12 anos – recebe a promessa de uma virada econômica. O assunto foi discutido na tarde de ontem, 1º, entre o senador Jorge Viana (PT/AC) e técnicos e gestores das áreas ambiental e florestal que representam os setores de fomento ao desenvolvimento econômico do Governo do Estado.
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A segunda reunião proposta pelo gabinete do senador Jorge Viana para avaliar projetos em andamento e traçar estratégias que desencadeiem novas ações teve como foco o incentivo às marcenarias e demais atividades ligadas à exploração da madeira certificada.

Desafios para modernizar, profissionalizar e promover o crescimento das pequenas e médias empresas do setor no Estado são discutidos entre diversas pastas de governo, com a intenção de tirar da ilegalidade as marcenarias e dar vazão ao volume de 90% da madeira certificada disponível para exploração no Acre.

O senador Jorge Viana defende que esta é a hora de crescer através da exploração sustentável do setor econômico que mais se desenvolve no Estado, entrando definitivamente na fase da industrialização com condições reais de competir no mercado. “Temos que explorar o manejo florestal, para que as reservas possam ter atividades florestais reais. O Acre tem um suprimento de madeira legal pronto e que precisa ser aproveitado”, diz Jorge Viana, acrescentando que os créditos de carbono são importante ferramenta de negócio para promover estas atividades.

O senador acredita que a fábrica de preservativos de Xapuri, por exemplo, possa dobrar de tamanho e gerar também crescimento de igual proporção no número de pessoas ligadas à atividade de exploração do látex dentro das florestas, além da abertura de novas empresas ligadas ao setor madeireiro e florestal dentro do parque industrial. 

Mais chance para os pequenos – As avaliações mensais da economia do Estado, com base no desenvolvimento ambientalmente sustentável, compartilhadas entre o governo e o senador petista, deverão não só pautar o mandato de Jorge Viana, mas também servir de suporte para a defesa de políticas públicas que promovam novos projetos de estímulo a estas atividades, principalmente para os pequenos produtores e pequenas empresas do setor madeireiro.

O secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, diz que esta aliança política é importante para viabilizar recursos e projetos. “Se não, tudo fica nas boas intenções e não é isto que queremos. Queremos sair de unidades demonstrativas, que foram necessárias para que pudéssemos começar este trabalho, mas agora temos condições de dar um salto, dar volume a este processo e corrigir um erro com os pequenos, que era uma contradição que o nosso projeto estava vivendo”, completa.

Mas o senador Jorge Viana enfatiza, no entanto, que o aumento da exploração madeireira e das atividades extrativistas não irá colocar o Acre em estado de fragilidade ambiental.

Acre participa de debate sobre comércio ilegal de madeira
O Acre participou na terça-feira, dia 29, do lançamento do livro “Madeira de Ponta a Ponta: O caminho desde a floresta até o consumo”, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo/SP.
O Estado foi representado pelo secretário Adjunto de Floresta, Carlos Ovídio Rocha. Esse lançamento foi acompanhado de um workshop e um amplo debate sobre ilegalidade na cadeia da madeira, desmistificando o seu uso como matéria-prima e destacando o papel do governo na proteção das florestas.

O evento foi realizado pela Rede Amigos da Amazônia, uma iniciativa da FGV, por meio da atuação conjunta do Centro de Estudos em Sustentabilidade e do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo, com o apoio de parceiros locais e a missão de engajar o poder público na elaboração e implementação de políticas públicas que promovam a conservação da floresta Amazônica, a partir de linhas de atuação relacionadas à gestão pública da madeira amazônica como compras e contratações responsáveis, monitoramento e controle do mercado, incentivos econômicos e conscientização da so-ciedade civil.

O secretário ressaltou ainda que há interesse do governo de São Paulo de ter uma relação comercial de madeira com o Acre. “Algumas empresas em nosso Estado se destacaram bastante, como a fábrica de pisos em Xapuri. E o posicionamento do Acre de escolher ter madeira certificada e legalizada tem nos trazido uma vantagem competitiva num mercado que quer comprar madeira legal.  (Agência Acre)

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