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Justiça aceita laudo de suicídio e arquiva o processo da morte de Martini Martiniano

Passados 2 anos da morte de Martini Martiniano de Oliveira (49 anos), a Justiça acreana finalmente decidiu acatar o laudo de suicídio e arquivar o processo que apurava a morte do suposto pistoleiro, ocorrida  no dia 7 de abril de 2009, no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves.

Na ocasião, Martiniano teria aproveitado um horário de banho de sol que só estaria sob a supervisão de 1 agepen (o certo seria 6) para tentar se enforcar. Ele teria subido o alambrado do pátio da prisão e se atirado com um lençol amarrado no pescoço. O lençol se rompeu no ato, o que teria feito ele cair de cabeça no chão (o laudo cadavérico apontou como causa da morte uma fratura na base do crânio, provavlemente da queda).

A determinação de engavetar a investigação partiu do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, desde março deste ano. Na semana passada, foi repassado um ofício à Polícia Civil informando da decisão do juiz e solicitando o arquivamento da apuração do caso. Segundo o laudo da PC, Martini ‘teve a conduta voluntária e direta de eliminar a sua própria vida’, alegação que fica clara diante das provas e testemunhos apresentados.

O pistoleiro havia sido preso no começo de novembro de 2008, sob a acusação de ser um dos assassinos do médico Abib Cury, em agosto de 1997. Houve suspeitas de que o crime havia sido encomendado para que o médico não ‘cobrasse’ mais dívidas a políticos locais.

A morte – agora comprovadamente suicídio – de Martini, bem como o delito que ele teria cometido para estar na prisão, chocou toda população da cidade, pôs em xeque as medidas de segurança dos presídios do Estado e ainda gerou várias conjecturas sobre conspirações mirabolantes para ‘eliminá-lo’. Isso porque ele teria feito uma onda de ‘denuncismos’ não só sobre o crime ao qual era acusado, mas também a vários esquemas ilícitos no Judiciário do Acre e do Amazonas. Contudo, nenhum deles jamais foi comprovado.

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