Uma rua no bairro Cidade Nova está prestes a desaparecer, vítima de erosão. Com ela, parte da história dos moradores, como Maria de Lurdes Lacerda, a mais próxima do buraco que se formou depois do início do desbarrancamento – que já levou uma casa há cerca de 1 mês. Grávida de gêmeas, ela aguarda conclusão do processo para ser beneficiada com o programa Bolsa Moradia Transitória para pagar um aluguel até que seja definido se receberá indenização ou receberá uma casa em programa habitacional.
A obra realizada pela Prefeitura de Rio Branco, segundo os moradores, incluía drenagem e asfaltamento da rua, mas não suportou a chuva e desmoronou em menos de 6 meses. Agora, a área está sendo monitorada por equipes da Prefeitura de Rio Branco. O diretor da Emurb, Jackson Marinheiro, informou que assim que as chuvas cessarem um pouco a prefeitura irá realizar novas intervenções.
A previsão é que posteriormente sejam refeitas obras de aterramento e a construção de um muro para conter a erosão. Do lado direito do grande buraco que se formou estão as demais famílias que aguardam a intervenção da prefeitura. Oito delas estão incluídas no programa Bolsa Moradia Transitória.
Há 15 anos residindo no local, a dona-de-casa Francisca Queiroz diz que não há mais condições de morar ali. Ela e os vizinhos convivem com o perigo do desbarrancamento, além do mau cheiro que exala do bueiro e ratos que começam a invadir as casas.
“Eles, antes, ficavam no quintal, mas agora entram dentro de casa. Até na cozinha um já entrou. É um perigo pra nós, pras crianças. Peço pelo amor de Deus que façam alguma coisa. Isso não é vida para um ser humano”, desabafa. Ela conta que precisa pisar na lama para estender roupas no varal ou dar banho nas crianças. A filha de Josete Cavalcante se mudou depois que ela teve que desmanchar parte da casa que ameaçava cair. “Só falta nós. Estamos aqui expostos a doenças. Só Deus mesmo pra nos livrar”.
Os moradores reclamam também da quantidade de lixo despejado no local por pessoas que chegam em carros cheios de entulhos e restos de móveis. O diretor da Emurb alerta que nestes casos é aconselhável anotar o número da placa dos veículos e fazer a denúncia à Semeia ou Semsur.
Quanto ao lixo ligar pra semeia ou semsur, anotando placa do carro, pra tomar providência.