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O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Adriano Marques, saiu em defesa dos colegas Rafael Sussuarana, Paulo Montenegro e Adriano Pinto, que foram acusados pelo ex-agente, Francisco Carura, de integrar uma quadrilha que negocia drogas no sistema prisional do Acre. Em troca de benefícios, Carura teria revelado um ‘esquema falso’ ao juiz federal Jair Facundes.
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Marques disse que os agentes procuraram o sindicato para pedir providências. Também teriam levado certidões negativas expedidas por órgão de segurança e comprovantes de que não respondem a processos administrativos. “Não podemos extrapolar princípios constitucionais, portanto, eles gozam da presunção da inocência”, ressaltou o sindicalista, propondo audiências públicas para avaliar e discutir o sistema prisional no Estado.

A entrada de drogas nos presídios, em sua opinião, acontece por uma série de fatores: são apenas 3 agentes para 1.000 visitantes, os detectores não são precisos, não há cães farejadores e bloqueadores de celulares. “Sem contar que não temos um Boriscan  (aparelho que detecta celulares e drogas)”, acrescentou. Adriano é também é contra a entrada e circulação de dinheiro no interior dos presídios.

Avaliando a má conduta de alguns agentes, ele afirma que são ‘casos isolados’. Quanto ao sistema prisional, o sindicalista avalia da seguinte forma: “Há um déficit na segurança do sistema prisional. Só na Capital, estamos precisando de 200 servidores. As guaritas externas dos pavilhões não estão guarnecidas. O problema zero um é o efetivo reduzido. O dois é a falta de equipamentos de segurança e proteção para os agentes penitenciários. Vivemos sob constantes ameaças. Atualmente, a função de agente penitenciário é a mais estressante entre todas as profissões. De acordo com uma pesquisa da Datafolha, a expectativa de vida de um agente penitenciário gira em torno 45 anos”.

Para ele, o ‘produto final’ da Segurança Pública, o preso, por não ser reeducado, torna-se um profissional do crime nos presídios. “O nosso sistema é caótico e falido. Estamos longe de ter uma política de segurança conseqüente e resolutiva”, critica Adriano Marques. Uma das principais reivindicações do sindicato é a imediata instalação de monitoramento por sistema de vídeo, integrado em todas as unidades do Estado, 24h por dia.     

 

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