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Profissionais ajudam na formulação do Programa de Desenvolvimento do Setor Marceneiro/Moveleiro

O auditório do Hospital das Clínicas estava lotado na manhã de ontem. Na platéia, representantes de todo setor de marcenarias do Estado. Organizado pelo Governo do Acre, os profissionais formularam uma política pública denominada Programa Estadual de Desenvolvimento do Setor Marceneiro/Moveleiro. O documento visa normatizar o setor, que sempre teve um tratamento ‘inadequado’, para usar uma expressão do governador do Estado, Tião Viana, presente ao evento.

O próprio governador reconhece as dificuldades impostas pela legislação. “A Lei impõem restrições e o nossa esforço aqui hoje é para trazer o setor da marcenaria para a legalidade”, adianta ele.

O I Encontro de Marceneiros do Acre foi uma oportunidade para a classe desabafar. E foi isso que fez o representante do Tarauacá/Envira, Marcos Gomes. “Nós sempre fomos tratados como bandidos”, lembra. “Estamos cansados de ouvir promessas. Quero acreditar nos resultados deste encontro”.

O caso do representante do Tarauacá/Envira, Marcos Gomes, é emblemático. Ele relata que depois de muitos problemas com órgãos ambientais (como o Ibama e o Imac), a categoria assinou um Termo de Ajustamento de Conduta. “Foi quando descobrimos um outro problema a partir daí”, lembra. “Faltou insumo. Daí, numa marcenaria onde trabalhavam 10 passaram a trabalhar 2”.

Há alguns entraves no setor de marcenarias que devem ser reformulados com a finalização do documento (prevista para acontecer na noite de ontem). A garantia de insumos, licenciamento, qualificação de mão-de-obra e comercialização são etapas recheadas de problemas que devem ser resolvidos.

“É a primeira vez que olhamos com mais cuidado para tal setor”, reconhece o secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães. “Estamos aqui para pactuar saídas e transformar idéias em móveis”.

Até o fim desta edição, as discussões ainda aconteciam no auditório do Hospital das Clínicas.

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