Na data marcada para o retorno para casa das últimas três famílias que ainda estavam abrigadas no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, o Rio Acre voltou a subir e deixou a Coordenadoria municipal de Defesa Civil mais uma vez em estado de alerta.
Na manhã de ontem, uma reunião entre secretários municipais e demais órgãos que fazem parte da Defesa Civil avaliou a situação e reforçou a permanência das ações durante o final de semana. Em Rio Branco, a primeira medição indicava que o rio estava com 12,92m. Às 15h, o nível chegou a 13,14m. “Estamos preocupados”, disse Gilvan Vasconcelos, coordenador municipal de Defesa Civil.
O rio começou a subir em Assis Brasil, onde chove bastante desde quinta. Naquele município, a elevação foi de 1m e 25 cm em apenas um dia. Em Brasiléia, só na sexta o rio subiu mais de 2m. No Riozinho do Rola houve alta de 0,82 cm. “É difícil afirmar que continue subindo, mas considerando as chuvas podemos dizer que o rio pode sim subir mais até dia 10, o que é normal para este período”, afirma Vasconcelos reiterando que não há registro histórico nos últimos 40 anos de alagamentos em abril.
Neste ano, oito famílias foram atingidas pela cheia repentina. Elas foram retiradas dos bairros Aírton Sena, Seis de Agosto, Baixada da Habitasa e Triângulo Novo. Cinco delas já retornaram e apenas três permanecem no parque.
O plano de contingência elaborado pela Defesa Civil municipal prevê ações de acolhimento e desenvolvimento de medidas sociais para as famílias que possam vir a ficar desabrigadas com a cheia. Os rios Tarauacá e Juruá, que haviam baixado no início da semana, também voltaram a subir alguns centímetros desde ontem. Já o rio Iaco, em Sena Madureira permanece vazando e chegou a 13m ontem.