Programa visa despertar em alunos, professores e gestores o gosto pelas atividades culturais do Estado
Um jumento, um cachorro, uma galinha e uma gata, desiludidos com o tratamento que recebem de seus “donos” decidem se unir para formar um grupo musical. Esses são Os Saltimbancos, peça teatral infantil que já encantou gerações e, nesta semana, encantou alunos da Escola SESI das turmas de educação infantil e ensino fundamental.
Desde a última quinta-feira, 7 de abril, várias turmas foram levadas até o Teatro de Arena do SESC para assistir à montagem. A iniciativa faz parte do Programa de Enriquecimento do Capital Cultural da Rede SESI de Educação, que tem por objetivo ampliar a bagagem cultural de alunos, professores, coordenadores e gestores da rede SESI/AC de Educação.
Para isso, a instituição passou a incentivar a participação dos corpos docente e discente nas programações culturais disponíveis na cidade. “O SESI custeia os ingressos, e os pais dos alunos providenciam o transporte”, explicou Jemille Aline Oliveira, coordenadora pedagógica da educação infantil e 1º ano da Escola SESI.
A julgar pela reação do público com a peça teatral encenada, o Programa vem se mostrando um verdadeiro acerto. Professores e alunos – crianças de 3 a 6 anos – interagiam, gargalhavam, correspondendo aos estímulos de Os Saltimbancos. Neste fim de semana, será a vez das turmas do Centro de Educação do Trabalhador (CET) do SESI terem a mesma oportunidade. Os grupos assistirão à montagem do clássico “Othello”, de Willian Shakespeare, no Teatro Plácido de Castro, a partir das 20h.
“Tivemos uma resposta muito positiva nesse primeiro dia. Está sendo muito bacana. Isso promove bem estar e nossa intenção é justamente essa, incentivá-los a gostar de ir ao teatro, a se envolver nos programas culturais que a cidade oferece”, resumiu a educadora.
ATUAÇÃO – No entanto, o Enriquecimento do Capital Cultural não se limita às programações em cartaz. O programa incentiva ainda a leitura, em mais três linhas de atuação, que são a atualização de acervos das bibliotecas e salas de leitura existentes nas unidades escolares; atualização de acervos de salas descentralizadas; e disponibilização de um jornal e uma revista de circulação nacional por unidade educativa.
“O projeto parte da premissa de que alunos que possuem capital cultural mais rico têm sucesso na aprendizagem. Logo, aprendizes com baixo capital cultural necessitam de ações sistematizadas, que possibilitem o desenvolvimento de sua competência linguística mediante o acesso a livros não didáticos, jornais, revistas, cinema, teatro e museu”, explicou Gisélia Beserra, gerente de Educação do SESI/AC.