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Vigilância epidemiológica investiga doença de Chagas

Uma equipe da divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) esteve ontem no loteamento Portal da Amazônia, bairro Calafate, para capturar o besouro conhecido por barbeiro, transmissor da doença de Chagas. Apesar de não representar um grande perigo à Saúde Pública no Estado, oito casos foram registrados no ano passado.
Chagas
O inseto estava num dos cômodos da casa do servidor público José Afonso de Lima Rios. Ele reclama da falta de infra-estrutura no loteamento, que está tomado pelo mato, lixo e entulhos. “Aqui é onde o mosquito da dengue faz a festa”, ironiza o morador. Já o taxista Rai-mundo Nonato Araújo da Silva, que pagou R$ 24 mil por um terreno de 10x25m, mostra o córrego que atravessa na sua propriedade. “Estes terrenos não podiam ser comercializados, uma vez que essa área é de proteção permanente”, revelou.

O supervisor de campo da Vigilância Epidemiológica, Antônio Patrick Souza Soares, disse que, através dos sintomas e histórias de contatos com o barbeiro (vetor), pode-se suspeitar da doença de Chagas. “Na fase aguda, deve-se procurar o trypanosoma cruzi na sangre, através da gota espessa (mesmo exame da malária)”, informa. Na fase crônica são necessários outros métodos.   

 A medicação utilizada, segundo ele, é o Benzonidazou, que é muito tóxico, principalmente se o tratamento for por tempo de 3 a 4 meses. Seu uso é de comprovado benefício na fase aguda. Na fase crônica, o tratamento é dirigido às manifestações da doença.

O supervisor alerta para a prevenção: “É preciso manter a casa limpa, varrer o chão, asseiar atrás dos móveis e dos quadros, expor ao sol os colchões e cobertores – que são os locais onde os barbeiros mais costumam se esconder”, explicou.

Sobre a moléstia – A doença de Chagas é infecciosa. Ela é uma parasitose causada pelo inseto chamado ‘barbeiro’, também conhecido por ‘potó’ ou ‘bicudo’. O inseto necessita de sangue para sobreviver, e tem o hábito de se alimentar à noite. Existem quatro formas de transmissão: a vetorial (no ato do barbeiro se alimentar), a transfusional (transplante durante a transfusão de sangue, a congênita (da mãe para o bebê) e a acidental (manejo de material infectado com fezes do inseto).

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