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Dívida trabalhista entre vereador e peão de fazenda vira caso de polícia

O peão de fazenda João Belarmino da Cruz procurou a Delegacia Central de Polícia Civil de Sena Madureira, distante 144 Km de Rio Branco, na semana passada. Ele foi registrar uma queixa de ameaça de morte contra o vereador e presidente da Câmara daquele município, Biléu do Incra.
Bileu
De acordo com informações do delegado Getúlio Teixeira, o peão de fazenda informou que trabalhou alguns anos na fazenda do vereador e que, ao deixar o emprego, não teria recebido os direitos trabalhistas. Por conta disso, resolveu denunciar o vereador e ex-patrão na Delegacia do Trabalho.

Em depoimento à polícia, o peão de fazenda alegou que, após ter recebido a intimação da Delegacia do Trabalho, o vereador Biléu do Incra teria passado a fazer ameaças de morte contra ele.
Depois de registrar o Boletim de Ocorrência, ficou marcada uma audiência que para hoje, quinta-feira, dia 14. Na ocasião, o delegado pretende ouvir a suposta vítima de ameaça e o vereador acusado.

Delegado nega que peão tenha invadido Câmara e feito ameaça a vereador
Contrariando o que foi divulgado na mídia, dando conta que um ‘pistoleiro’ teria ameaçado o vereador de morte, o delegado Getúlio Teixeira informou que na manhã de ontem, 13, o peão de fazenda João Belarmino teria ido à Câmara de Sena Madureira procurar o vereador Biléu do Incra apenas para pedir dinheiro, pois pretendia viajar até Rio Branco.

Segundo foi apurado pela Polícia Civil, quando João Belarmino chegou à Câmara para falar com Biléu do Incra, a secretária do vereador teria informado ao peão de fazenda que o presidente da Casa estaria em uma reunião e não poderia atendê-lo no momento.

Ao receber a informação de que não seria atendido, o peão teria se expressado com a seguinte frase: “Este vereador vai findar morrendo”.

Imediatamente, a secretária avisou a alguns vereadores e funcionários que estavam no corredor da Câmara. Eles acionaram a polícia, que prendeu o peão e o conduziu até a delegacia.

Segundo o delegado Getúlio, não houve tentativa de morte, uma vez que o acusado em questão (o peão) não estava armado e nem teria conseguido falar com a suposta vítima. Além disso, como o que aconteceu foi um comentário a terceiro, o delegado ouviu o peão de fazenda e decidiu pela assinatura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), encaminhando o vereador e o peão de fazenda ao Juizado Especial, que deverá ouvi-los nesta quinta-feira.

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