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Deputados querem solução para alagações do Rio Acre

O assunto principal de ontem na Aleac foi à conseqüência social da enchente do Rio Acre. Por conta das famílias desabrigadas em alguns bairros de Rio Branco, deputados da base governista e de oposição pediram uma solução definitiva para a situação. Quem primeiro levantou o assunto foi o deputado Walter Prado (PDT). Ele chegou a considerar um absurdo o Governo do Estado e a prefeitura já terem gasto R$ 50 milhões com os desabrigados.

Mas depois Prado voltou atrás e explicou: “o vereador Ricardo Araújo (PT) disse que já havia gasto no Acre em torno de R$ 50 milhões. Mas não sei se foi em toda a história das alagações ou só neste ano. A minha proposta é que se peguem as madeiras apreendidas retiradas ilegalmente e doem para fazer casas para as pessoas pobres. É preciso criar um programa para retirar as pessoas de áreas de risco em quatro anos”, vaticinou.

Depois o pedetista sugeriu que as casas populares em construção na Capital sejam entregues aos desabrigados. “Se já existem 10 mil casas, o critério deveria ser a prioridade às pessoas que estão em áreas de risco. Quando se utiliza dinheiro público para socorrer pessoas em situações de emergência acaba faltando para ser aplicado em outros lugares. O Estado precisa ter planejamento estratégico para evitar a recorrência desse problema em todos os municípios acrea-nos que têm problemas de alagamento”, salientou.

Mais uma vez a oposição aproveitou-se das colocações de Walter Prado para criticar o Governo. Gilberto Diniz (PT do B) afirmou: “segundo o que falou o deputado da base governista já foram gastos R$ 50 milhões. Isso preocupa porque o Governo coloca que vai fazer mais duas mil casas. Estão fazendo casas fantasmas e casas com fantasmas dentro porque não colocam as pessoas para morar. Poderiam acomodar as pessoas que estão no Arena da Floresta nessas casas já construídas”, explicou.

Geraldo Pereira: “foi gasto menos de R$ 5 milhões”
O ex-secretário municipal de Fazenda, deputado Geraldo Pereira (PT), ironizou as declarações do montante de recursos gastos com a enchente do Rio Acre. “Na verdade não foi gasto esse valor porque nem a prefeitura e nem o Estado teriam dinheiro suficiente. Foi decretado estado de emergência e todas as medidas necessárias estão sendo tomadas. As pessoas estão tendo o melhor tratamento possível. É um gasto extra na verba de contingência para amenizar a dor daquelas pessoas. O gasto não vai chegar nem a R$ 5 milhões, portanto, 10% do que o deputado Walter Prado afirmou”, rebateu.
Para o líder do PT, a solução do problema das alagações requer o esforço ainda de várias administrações municipais e estaduais. “Essa situação exigirá dos nossos governantes atuais e dos futuros que observem o Plano Diretor de Rio Branco para ir retirando as pessoas dessas áreas de risco. É preciso criar toda infra-estrutura para oferecer novas alternativas de moradia a essas famílias. Mas isso é um processo lento porque não há recurso suficiente para fazer em curto prazo”, garantiu.

Assembléia vai ajudar os desabrigados pela enchente
O presidente da Aleac, Élson Santiago (PP), anunciou ontem que colocará toda a estrutura da Casa Legislativa para auxiliar as famílias vitimadas pela cheia do Rio Acre. “Nós fomos eleitos pelo povo e uma parte desse povo está sofrendo com as alagações. Nós reunimos a mesa diretora para que a Aleac possa ajudar esses desabrigados. Estamos colocando a nossa estrutura e os funcionários para arrecadarem alimentos e água potável. Além disso, cada deputado irá contribuir com dinheiro para comprarmos ‘sacolões’ e distribuir para quem está sofrendo. Também vamos colocar os nossos funcionários a disposição para ajudar no transporte da mudança das famílias”, garantiu Santiago.

 

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