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Márcio Batista quer escolas interagindo com as comunidades

Depois de 2 meses a frente da Seme, o secretário Márcio Batista fez uma avaliação do seu trabalho. Ele considera seu desempenho fundamental para que haja uma aproximação maior entre as escolas e as comunidades circundantes. Com a municipalização do ensino fundamental a Capital tem atualmente 74 escolas e creches. Márcio quer expandir as creches através de parcerias com instituições religio-sas e empresas.

Aproximação da gestão
Uma das primeiras providências tomadas por Márcio Batista como secretário de Educação foi conhecer a realidade das escolas municipais. “Tenho buscado uma relação direta com os diretores, professores e funcionários. Estou conhecendo as boas experiên-cias e também os problemas. Existem coisas para serem aperfeiçoa-das e outras para serem construídas. Quero ajudar na elaboração dos projetos pedagógicos e políticos das escolas para alcançarem as suas metas”, ressaltou.

Mas o seu projeto principal é a aproximação das escolas com as comunidades.  “A escola tem dialogado com as comunidades o que é muito importante. A Educação tem um papel de fornecer as bases para o letramento dos alunos, mas a missão é mais desafiadora. É preciso trabalhar a questão da cidadania e da consciência social. A escola pode ser um campo de discussão de outras temáticas, como a sexualidade, a proteção à infância e adolescência e o combate à violência. A maior parte das nossas escolas funciona em áreas marcadas por desigualdades so-ciais. É importante saber como a escola pode interagir com a realidade externa e estabelecer uma cultura de paz”, argumentou.

Evasão escolar
Márcio Batista revela qual o principal problema que encontrou na rede municipal de ensino. “Nós conseguimos universalizar o acesso, mas a permanência na escola é uma questão que ainda precisamos garantir. Quero trabalhar um programa de busca ativa unindo o Conselho Tutelar, o Ministério Público e Secretarias diversas para que a gestão da escola esteja num estado de mobilização permanente e vigilante para acompanhar os alunos que saíram da escola e possam fazer o retorno”, apregoou.

O secretário também quer ampliar o foco do atual sistema pedagógico. “Precisamos de uma Educação mais contextualizadas que dê as noções formais e técnicas, mas que esteja relacionada com as questões ambientais e culturais para termos ambientes mais agradáveis. A circulação de idéias deve acontecer de maneira espontânea sem haver a obrigatoriedade curricular. Acho ainda uma visão conservadora à obrigação de cumprir uma quantidade de horas pré-determinadas. Isso tem que ser feito com prazer. Quero integrar a cultura e a educação ambiental no conceito do nosso ensino”, explicou.
 
Demissões de terceirizados
Márcio se deparou ao assumir a Secretaria Municipal de Educação, com uma folha de pagamento inchada e a necessidade de redução de custos. “A nossa política de investimento na qualidade escolar tem nos colocado como uma referência positiva no plano nacional. Em função da contratação de todos os professores concursados e o reajuste salarial a nossa folha cresceu em menos de 2 anos para R$ 13 milhões. Nós teremos que adequar o orçamento. Fizemos uma discussão com os diretores das escolas para que a gente não tenha comprometimento com merenda escolar,  formação dos professores e o pagamento dos salários. Haverá uma redução dos terceirizados que está sendo estudada para que não haja prejuízo no funcionamento das escolas”, explicou ele.

Futuro político
O ex-vereador do PCdoB avaliou como deverá ser os seus próximos passos na política, em relação à eleição de 2012. “Estou muito concentrado na Secretaria Municipal de Educação porque é uma tarefa de grande responsabilidade. Mas isso não descarta a possibilidade de disputar a eleição no ano que vem. Tudo estará muito calçado pelo resultado do meu trabalho na Educação. Não descarto, mas também não afirmo candidatura”, finalizou. 

 

Categories: POLÍTICA
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