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Marina Silva isolada entre os “verdes”

 A candidata de 19,6 milhões de votos na disputa presidencial e protagonista de uma campanha milionária — financiada basicamente pelo dono da Natura Cosméticos — precisou recorrer a uma caixinha com doações para pagar o aluguel do auditório usado em Brasília para mobilizar militantes na noite de segunda-feira. A passagem pelo Distrito Federal do movimento intitulado Transição Democrática, que busca alterar o comando do Partido Verde (PV) e abrir espaço para o grupo de Marina Silva, evidenciou o isolamento da ex-senadora na legenda. A baixa mobilização dos marineiros (inclusive na instância do partido) e a falta de apoio do comando do PV, que reconduziu José Luiz Penna à Presidência da sigla, deixaram Marina escanteada. Quase sete meses após o feito histórico de provocar o segundo turno da eleição presidencial, numa onda verde que surpreendeu e incomodou adversários do PT e do PSDB, Marina atraiu menos de 80 pessoas ao auditório do Centro Cultural de Brasília, na Asa Norte. Nenhuma liderança expressiva do PV, local ou nacional, ciceroneou a ex-candidata.

O discurso e as evidências

 Marina Silva (PV) costuma repetir que 19,6 milhões de brasileiros validam seu projeto político. “Um partido que tem quase 20 milhões de votos não pode mais continuar com direções provisórias”, criticava a ex-senadora no encontro promovido pelo Transição Democrática em Brasília, na noite de segunda-feira. Marina também falou sobre o Distrito Federal (DF), onde derrotou Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). “O DF antecipa tendências, porque é um mosaico do país.” A tendência mostrada na passagem da ex-candidata pelo DF foi de isolamento, de dificuldade de sobrevivência política no cenário pós-eleitoral e dentro de um partido que tem o fisiologismo impresso no DNA.  (Correio Braziliense)

 

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