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Teste do pezinho x Teste de masculinidade

Quando vivo, o agora canonizado  Santo Papa João Paulo II pedia que os fiéis católicos que almejavam se iniciar na vocação de sacerdote ou a leigos consagrados de qualquer ordem fossem submetidos a teste de masculinidade. Os motivos principais eram dois: Primeiro, os dez mil casos de abusos sexuais, nos últimos 50 anos, contra crianças, adolescentes e jovens, atribuídos ao clero. Segundo, o avanço incontrolável da dessexualização  no mundo afora.

Antes de seguir com este artiguete deixa-me explicar para alguns desavisados o significado de “dessexualização.” O palavrão pode ser aplicado numa situação onde homens se tornam mais afeminados e as mulheres mais masculinizadas, não somente em suas características físicas, mas na sua personalidade básica. É a chamada explosão unissex. Historiadores antigos, é óbvio, nos dizem que um dos sintomas duma civilização em decadência é a dessexualização ou a unisse-xualidade da raça humana.

Quer queiramos ou não, o fenômeno da dessexualização está presente no dia-a-dia, em todos os segmentos sociais; destaca-se sobremaneira por ocasião de acontecimentos de euforia popular do tipo festival folclore, Carnaval e festivais de “expressão livre” onde rapazes e moças e adultos entram em êxtases, inflamados, muitos deles, pelo alto consumo de bebidas alcoólicas e outras  drogas pesadas e executam diante da platéia atos de tamanha depravação que não os podemos descrever aqui, nos mostrando que o mundo se encontra numa orgia moral como nunca foi vista nos dias de Roma ou de Sodoma e Gomorra.

Nas festas carnavalescas, por exemplo, a dessexualização tomou nova forma, não pelas brincadeiras de alguns foliões que usam vestidos e se pintam como as mulheres, motivados pelas alegrias momescas, mas pela decisão, aqui e acolá, de autoridades constituídas em reconhecer oficialmente a Rainha Gay, colocando-a ao lado da tradicional dupla Rainha e Rei do Carnaval.

Ao curso dessa diversidade axiológica, a unissexualidade aparece na forma sinistra da perversão, cada vez mais evidente em nossa sociedade, de tal natureza que os delitos antigos, no campo da vio-lência sexual, são quase simpáticos, em relação aos  praticados nos dias atuais.

Com o teste de masculinidade, considerado radical por setores “rebeldes” da Igreja Católica e da mídia mundial, o Santo Papa  visava resgatar a influência que os vigários exerceram em tempos idos, quando eram referência e, ao lado do prefeito  ou do professor, notadamente em pequenas comunidades,  autoridade moral.

João Paulo II, alguém tem dito, ficará na história como o papa dos direitos do homem. Em longo de sua gestão à frente dos destinos da Igreja Católica, foi um campeão das liberdades diante das ditaduras, consolidou uma teologia do homem,  em muitos sentidos “modernos”, apoiando-se no respeito absoluto devido a todo ser humano; por tudo isso teve ao longo do seu ministério os aplausos de todos. Mas, quando se tratou de permitir uma participação relevante na hierarquia da Igreja Católica, por exemplo: das mulheres; dos divorciados e; dos homossexuais, somados a decisão polemica no que diz respeito à distribuição de “camisinhas”, o Santo papa foi intransigente, dizem alguns líderes católicos.

 Pelo prisma dos “rebeldes” os valores que o Papa João Paulo II desejava para sua igreja, esbarraram nos difíceis problemas da modernidade, da tradição ou das diferentes acepções da palavra liberdade. “Os homens devem estar livres  de coações, tanto da parte dos homens como da parte de qualquer poder humano”. É nessa máxima extraído de um antigo Concílio do Vaticano, que muitos fiéis católicos se estribam para dizer que a palavra “livre” no texto, significa livres de quaisquer constrangimentos!

Ainda, sobre o teste de masculinidade, condição indispensável para quem desejasse ou deseja o episcopado, creio que o tempo, a doença e a velhice do Santo Papa conspiraram contra seu propósito. Com sua morte o tema não se sustentou no Vaticano. É o que parece! Contudo, aqui fora só poucos anos depois de sua morte, a tese de Sua Santidade, se trazida à tona novamente, seria o melhor avaliador da masculinidade daqueles que pretendem a vocação sacerdotal. Por quê?

Porque o mundo gay que já refutou com todo direito que a prática homossexual não é doença, agora diz que, também não é opção sexual: É genético, isto é já nascem gays!

Sendo assim, pelo extraordinário crescimento do homosse-xualismo no Brasil, parece que por aqui, ultimamente, só houve nascimento de  gays.   Então, para cada teste do “pezinho” haja teste de masculinidade!

* Francisco Assis dos Santos – E-mail: assisprof@yahoo.com.br

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