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Clássico de muita confusão dentro e fora de campo

O que era para ser um clássico disputado apenas entre os jogadores, acabou prejudicado pela falta de critério da arbitragem e também pelo envolvimento direto do presidente da Comissão de Arbitragem, Josemir Raulino. No final o Rio Branco FC acabou vencendo por 2 a 1, em jogo que chegou a estar com dois jogadores a mais que o Atlético Acreano.

Quando em campo, isso com as duas equipes com 11 jogadores ambos, o Rio Branco foi o primeiro a marcar com Testinha, cobrando falta. O Estrelão ainda comemorava o gol, quando Ley deixou a sua marca, pegando sobra. O gol da vitória foi de autoria do “eterno” artilheiro Juliano César, emendando a bomba.

A falta de critério da arbitragem de Ayrton Viana começou nos primeiros minutos. Diego fez falta desleal em Ley, recebendo amarelo, no entanto quando a agressão foi do zagueiro Zidane, sobre Badú, com a mesma intensidade, o árbitro expulsou o jogador, isso aos 24 minutos iniciais. No gol de Testinha, o meia foi comemorar com a torcida adversária, recebendo amarelo. Na saída de campo, Ley, do Galo, respondeu a torcida adversária, acabou expulso. Somente nos minutos finais o zagueiro Diego acabou expulso, após o segundo cartão amarelo.

Neste momento começava o segundo round do jogo. Repórter de pista para a Rádio Difusora, Paulo Henrique comentou que o presidente da Comissão, Josemir Raulino, havia ido ao vestiário dos árbitros e pedido a expulsão de Ley, por atos obscenos. No ato do comentário o repórter estava no fundo de campo, enquanto o trio estava no centro de campo e o 4º árbitro retornava para a mesa. Ou seja, nenhum poderia ter ouvido o comentário, mesmo assim Paulo foi expulso.

A reportagem de A GAZETA indagou Raulino sobre quem teria expulsado o repórter. O dirigente afirmou que teria ouvido e comunicado ao assistente o comentário, que seria mentiroso, segundo Raulino. Novamente indagado pelo diretor de esportes da Difusora, Deise Leite, Raulino refez o comentário e disse que quem ouviu e falou foi a mesária, Andréia.

Presente no momento do pedido de Raulino ao 4º árbitro, o repórter da TV Acre, Victor Nogueira, comentou a frase utilizada em alto e bom som na mesa: “O papel da imprensa em campo, é informar o que está acontecendo e não em dá opinião, pois eles esquecem que dentro do campo, eles são subordinados ao árbitro, ou seja, a minha pessoa. Mandem tirar o Paulo Henrique agora, pois eu não vou admitir que ele jogue a torcida contra a minha pessoa”.

O presidente da Federação de Futebol do Acre, Antônio Aquino, confirmou que irá abrir investigações para saber as extensões do que ocorreram durante o clássico e que “medidas administrativas” podem surgir, caso venham a se confirmar as alegações.

Dentro de campo o que se viu foi um Galo ousado, isso com 10 jogadores e se repetiu quando estava com nove jogadores. Os jogadores se duplicavam no ataque e defesa, conseguindo belos lances, na grande maioria originada pelo novo reforço, o meia Polaco, chegando a ser eleito o melhor em campo, mesmo com a derrota.

O lateral direito Neilson foi o autor do único gol diante dos 61 pagantes no Arena
Melhor ataque do Campeonato Estadual Acreano, o AC Juventus enfrentou a defesa mais vazada, no caso o Independência FC, mesmo assim o líder – ainda mais isolado – não passou do placar de 1 a 0, gol de Neilson. Apenas 61 pagantes foram testemunhas de mais uma vitória do representante do “Clube do Povo”.

O fato curioso é que o atacante Jô, um dos artilheiros do Estadual, sofreu um acidente na entrada do clube, precisando ser atendido no Pronto-Socorro. Sem condições, o atacante acabou desfalcando o “trio ofensivo” do Juventus.
O único gol saiu somente aos 33 minutos da etapa final. Márcio chega completando o cruzamento, o goleiro Edivandro consegue uma difícil defesa, porém parcial, sobrando nos pés de Neilson que chegou batendo e fazendo o único gol do clássico.

O Juventus dominou o meio de campo e por muitos momentos promoveu verdadeiras “blitzens” contra a meta adversária, porém na maioria delas a conclusão falha ou as defesas do goleiro Edivandro evitaram o placar mais elástico. A mais perigosa, Neilson fintou seu marcador, chutou em cima da defesa, mas a bola já entrava mansamente, quando o zagueiro Marinho tirou de cima da linha, além de um chute de Bachuca na trave.

O Tricolor tentava sobreviver nos contra-ataques, sem muito resultado. Porém normalmente quando emplacava o ataque, normalmente Ricardo ou Washington tinham que enfrentar mano a mano toda a defesa juventina. O técnico Anibal Honorato ainda acabou expulso no último minuto por reclamação.

Na próxima rodada as duas equipes retornam a campo apenas no próximo domingo, ambos no estádio Arena da Floresta. O Juventus faz o clássico contra o Atlético Acreano, às 17h30, enquanto o Independência pega o Náuas logo a seguir, às 19h30.

 

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