Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Especialista afirma que fenômeno na calha do Rio Acre pode causa ‘catástrofe’ em Brasiléia

O engenheiro civil e especia-lista em recursos hídricos, Oscar Soria Martins, que vem monitorando o Rio Acre há mais de dez anos, afirma que a calha do manancial está prestes a romper uma encosta. O possível evento romperia um barranco, isolaria os bairros Leonardo Barbosa e Samaúma I, deixando-os, em uma próxima enchente, completamente submersos. O fenômeno, conhecido como ‘corte de meandro’, pode causar uma ‘catástrofe’.
Especialista
“Em abril deste ano aconteceu um fato inesperado. A enchente levou uma proteção de mata ciliar (bambuzais), ocasionando excessivos desbarrancamentos. Em 1997 a profundidade (do barraco até o curso d´água) era de 57 metros e hoje está com apenas 25”, alertou o cientista, que enviou relatórios para os prefeitos das cidades de Brasiléia e Cobija. “As ondas de uma enchente podem inundar completamente alguns bairros”, acrescentou.

O acindente geográfico (corte de meandro) forma um ‘braço morto’ ou meandro abandonado ou lago, em forma de ferradura, e que se forma na curva de um meandro abandonado de um canal fluvial. Em geral, acontece quando o rio corta o “pescoço” de um meandro encurtando seu curso, o que faz com que o antigo canal fique rapidamente bloqueado, e logo se separe da calha do rio.

O fenômeno é devido à erosão sobre os bancos de sedimentos por causa da ação hidráulica. Depois de um longo período de tempo este meandro vai se curvando cada vez mais, e, com o tempo, finalmente pode ocorrer que o ‘pescoço’ do meandro acabe tocando o lado oposto.

 

Sair da versão mobile