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Julgamento de policial acusado de atropelar pedreiro é adiado

O julgamento do policial Fábio André de Almeida Teixeira acusado de atropelar e causar a morte do pedreiro Antônio Romão da Silva, de 52 anos, foi adiado de ontem para data não definida a pedido do advogado Jair Medeiros. A família da vítima chegou a convocar familiares e amigos para protestar em frente do Fórum de Rio Branco e informar a população sobre o caso, mas se deparou com o adiamento.

“Fomos informados quando chegamos aqui e não sabemos para que data foi marcado o julgamento”, disse o filho do pedreiro, Raimundo Nonato da Silva Maciel que desde abril de 2010, data em que ocorreu o acidente, desenvolve investigação paralela e levantamento de provas e testemunhas para provar que o policial estaria bêbado no momento em que atropelou Antônio Romão. Segundo Nonato, o pai estava na calçada e foi pego de costas no cruzamento da Avenida Ceará com a Rua Pará às 8h30 tendo morte instantânea.

“Para se ter uma idéia, o policial fez o teste do bafômetro que apontou teor alcoólico de 0,24. E isso foi às 16h30 do mesmo dia, nove horas após o acidente. Imagina de manhã como estava”. De acordo com o Código Nacional de Trânsito o condutor está incapacitado para dirigir se tiver concentração de álcool no sangue acima de 0,8 g/L. 

O filho de Antônio Romão afirma que houve corporativismo e que Fábio Teixeira foi protegido por ser policial. “Queremos mostrar as irregularidades deste processo. Há testemunhas. Eu mesmo cheguei 15 minutos depois do acidente. Ele era para estar preso e somente foi descolado para o P2 trabalhando no Serviço Reservado. Queremos justiça”, diz. O advogado do policial, Jair Medeiros, está em Porto Velho a trabalho. Ele informou que requereu o adiamento do julgamento porque precisava se ausentar da cidade neste período e que não poderia dar nenhuma declaração sobre o caso sem antes consultar o cliente.

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