Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Mesmo sem registro de queixa, polícia investiga caso de assalto a estudante na Ufac

Investigadores designados pela delegada Áurea Dene, titular da especializada em crimes contra a mulher, continuam o trabalho de apuração dos fatos referentes ao roubo ocorrido dentro da Universidade Federal do Acre que teria vitimado uma estudante do curso de Enfermagem. A jovem não quis ser identificada nem registrou queixa, mas o caso ganhou repercussão nacional e mobilizou a comunidade universitária que realizou na última sexta-feira um protesto contra a falta de segurança, forçando a instituição a tomar medidas de emergência como a instalação de mais pontos de iluminação dentro da área do campus e solicitar o apoio da Polícia Militar.

Inicialmente tratado como estupro seguido de roubo, o caso foi negado pela reitoria da Ufac e pela família que afirmou que o que aconteceu foi “um rapto seguido de roubo”. O homem teria levado o telefone celular da estudante. Diante da possibilidade de que o crime possa voltar a ocorrer, a delegada Áurea Dene decidiu instaurar um Auto de Investigação Preliminar (AIP) segundo ele “em vão até o momento”. “Ninguém quer falar. A família não se manifesta, não há registro de queixa, mas é um fato que não pode passar em branco”, afirma. Ao entrar em contato com a redação do jornal A GAZETA, familiares da vítima disseram que ela estava abalada e que com medo.

Uma comissão com representantes de todos os cursos deverá ser criada para que discutir o reforço à segurança dentro do campus. Durante a manifestação, estudantes e servidores relataram que roubos, assaltos a veículos ocorreram outras vezes dentro da instituição. Câmeras de vídeo foram instaladas recentemente, apesar de a reitora reconhecer que o número delas é insuficiente para cobrir toda a área e garantir a segurança de quem circula pelo local. O caso está sendo apurado em sigilo. O Ministério Público Federal instaurou procedimento para investigar as condições de segurança da Ufac. A delegada Áurea Dene informou que somente o Grupo Antiassalto da Polícia Civil (GAPC) pode instaurar um inquérito policial sem necessitar de formalização de queixa. “Nossa preocupação é que não aconteça novamente”, diz.

 

Sair da versão mobile