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Militares fazem manifestação; comando não aceita greve

Policiais bombeiros e militares realizaram ontem um protesto no Centro da cidade. Eles reivindicam 117% de reposição de perdas, ampliação do efetivo para redução da carga horária e reestruturação da tabela salarial. O Acre é o 7º pior salário no ranking entre os militares do país. O comandante da corporação, coronel José dos Reis Anastácio, deu um ultimato: “quem fizer greve sabe das consequências”, disse ele, lembrando que a Constituição Federal veda tal direito aos militares.
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Reunidos na Concha Acústica, eles criticaram o governo a quem acusam de não querer negociar. “Desde o dia 3 de janeiro que a gente protocola documentos junto à Secretaria de Segurança e de Articulação Política e nada de resposta”, disse o represtante da Associação de Subtenentes e Sargentos, João Jácome, considerando a negativa como uma demonstração de intransigência e desrespeito.

Os parlamentares sargento Vieira e major Rocha tentaram ‘abrir um canal de diálogo’, mas não foram recebidos pelo governo. Um assessor palaciano divulgou que uma equipe de negociação e econômica, a partir de segunda-feira (9), vai ‘sentar com as categorias’. Ainda de acordo com a mesma fonte, os militares serão recebidos dia 11. “Estamos a mais de oito anos esperando que o governo olhe para a questão salarial da categoria. Fomos tratados com desprezo e perseguidos pelos governos de Jorge Viana e Binho Marques”, disse o deputado major Rocha, assegurando que os militares estão organizados e todos ‘vão até o fim’.

O movimento contou com o apoio da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Sindicato dos Urbanitários, agentes penitenciários, policiais civis e delegados, trabalhadores em saúde, militares aposentados, familiares dos protestantes e até por um deputado estadual pelo estado de Sergipe. “Observem as manchetes dos jornais: Acre reduz em 52% o número de homicídios. Carnaval 2011 foi um dos mais tranquilos. PM registra redução em mais 50% no índice de violência em Rio Branco. Isso são provas do brilhante serviço prestado pela PM”, bradou o vereador e vice-presidente da CTB, Marcelo Jucá.

Portando faixas e cartazes, os manifestantes partiram da Concha Acústica para o gabinete do Governo. Cantaram o hino nacional e entoando palavras de ordem, seguiram para a Assembléia Legislativa (Aleac). Nenhum deputado veio hipotecar apoio. O movimento de ontem fez alusão ao dia 4 de maio de 2009, quando, depois de um protesto militares foram presos e amea-çados de expulsão. O então vice-presidente da Associação dos Militares do Acre, major Rocha, chegou a fazer greve de fome que duraram quatro dias.  

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