Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Militares que participaram de greve podem ser punidos

O comandante da Polícia Militar do Acre (PM/AC), José dos Reis Anastácio, afirmou na tarde de ontem (17) que ainda está sendo feito uma apuração mais detalhada sobre os casos dos militares que teriam participado de modo ‘irregular’ da paralisação no último final de semana. Sendo assim, ele pregou que abordar o assunto agora não se trataria de nada concreto, e sim mais boatos a serem criados (assim como tudo o que vem sendo dito até agora). Apesar de não dar méritos a nenhuma das especulações e tampouco tecer alguma afirmação precipitada sobre a questão, ele também não descartou nenhuma hipótese, inclusive, a da punição aos militares.
PM_greve1805
Sem prestar maiores detalhes, o coronel afirmou que toda a corporação foi orientada a não falar sobre o tema, a fim de que não sejam cometidas injustiças contra ninguém. A única coisa que ele adiantou é que só após a investigação completa das ações dos militares naquela ocasião é que o comando da PM e o Governo do Estado irão tomar qualquer tipo de decisão.

“Disseram que vamos expulsar os PMs, que fizemos uma lista negra de policiais para sofrer represálias, entre uma série de outras coisas. Nada disso é verdade. Estamos apurando tal questão com muita responsabilidade e talvez na próxima semana tenhamos uma posição mais concreta sobre o que pode ou não vir a acontecer. Agora não há o que dizer, porque não há nada de concreto”, declarou o comandante, lembrando que na sexta da semana que vem, dia 27, está marcada uma reunião com a categoria com o objetivo de mostrar os dados sobre o salários dos militares de 2011 e 2012 e, assim, pôr fim de vez ao movimento grevista.           

Representante dos bombeiros acha que punições serão aplicadas
Por outro lado, o representante da classe dos bombeiros na Associação dos Militares do Acre (AME/AC), sargento Francisco ‘Jusciner’ de Araujo Silva, acredita que o governo infelizmente aplicará, sim, as punições aos militares que se fez presente no ato. Segundo ele, alguns dos policiais estavam de folga, portanto, não devem sofrer penas. Já aos guardas que deve-riam estar de serviço ao invés de participar do manifesto, ele crê que serão castigados de alguma forma. Sobre os bombeiros (classe que precisa estar de plantão 24h por dia), ele prega que, se vierem, as penas ‘provavelmente’ descontarão 8h de falta no serviço.

“Esta é uma situação muito incômoda pra nós. Não há nada que possamos fazer a não ser esperar pela posição do governo. Na minha opinião, eles vão cobrar as punições, até porque isso é uma afirmação que já teríamos ouvido do comando da PM. E não há nada que possa ser feito, uma vez que é de conhecimento de todos que a categoria votou, se mobilizou e foi mesmo às ruas pra defender as coisas que acreditamos ser nossas de direito. As penas mais brandas devem ser descontos salariais pelo tempo do protesto. Já a mais severas deve ser a prisão de regime interno de até 8 dias, por falta disciplinar”, prevê o sargento Jusciner.

Sair da versão mobile