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Paralisação dos militares provoca fechamento do aeroporto por horas

A greve dos policiais militares e bombeiros atingiu o aeroporto Plácido de Castro, devido a falta de bombeiros. Os oficiais das duas corporações assumiram os serviços, coincidindo com uma viagem que o governador Tião Viana fez ontem ao interior do Estado. “Tudo está normalizado”, assegurou o comandante do Corpo de Bombeiros, Flávio Pires Pereira. A direção da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não quis se manifestar sobre o ocorrido.
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Carros de som, barracas, redes, mesas de dominó e pingue-pongue, fogões, bebedouros e muita conversa regada a tereré. Este era o retrato da manifestação, que ganha novas adesões na Capital e interior. “O governador e os comandantes das duas corporações estão subestimando a nossa capacidade de mobilização e pressão”, disse um sargento, que pediu para não ser identificado. “A categoria é politizada e unida”, acrescentou o militar.

De acordo com o representante da Associação dos Subtentes e Sargentos dos Bombeiros, João Jácome, o ato, que virou acampamento, é ‘justo e pacífico’. “Estamos respeitando os 30% como assegura a lei. Não estamos fazendo piquete para impedir colegas de trabalhar”, disse ele, para quem atribui as adesões às ‘indignações dos praças’.

Os militares querem uma reposição de 117%, a reestruturação da tabela salarial e contratação de mais policiais, não obstante, agora, à anistia de todos os manifestantes. “Ninguém aceita punição para quem reivindica direitos. Existem os exemplos de Sergipe e Rondônia. Naquele estado, o salário de um policial recém-incorporado é R$ 3.200”, exemplificou o secretário da equipe de negociação, Abrahão Púpio. O Acre é o 7º pior salário no ranking entre os militares do país.

GREVE SUSPENSA – Ainda na tarde de ontem os militares suspenderam o movimento e retornaram às suas atividades. Segundo Abrahão Púpio, a categoria cumpriu apenas o prometido que era o de fazer uma paralisação de advertência por 24 horas. Ele disse ainda que um documento foi entregue no gabinete do governador e que a categoria não aceitará represálias a nenhum daqueles que aderiu ao movimento.

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