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Policiais militares, civis e bombeiros fazem movimento inédito no Juruá

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A união das três forças de segurança pública ganhou força com o apoio do Sindicato dos Jornalistas e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruzeiro do Sul. Pela primeira vez na história do Vale do Juruá, a polícia foi pra rua pedir apoio da população para convencer o Governo do Estado a negociar melhorias salariais.

As Policiais Civil, Militar e Corpo de Bombeiros do Acre, recebem um dos piores salários do País, mesmo assim, o governo exige que o policial esteja satisfeito e que o índice de criminalidade seja reduzido.

Em um estado de fronteira com os dois maiores produtores de cocaína do mundo, Peru e Bolívia, onde o tráfico de drogas e de armas é praticamente imbatível pelas forças de seguranças pública, por falta de estrutura tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal, o policial é obrigado a trabalhar 6 anos como soldado para poder ter um aumento de R$91,00 no salário.

Os policiais reclamaram que o governo quer dedicação exclusiva da corporação, mais se recusa a investir na parte humana das policias. Com o movimento que aconteceu na manhã de quarta-feira (4) e contou inclusive com a participação de oficiais da reserva, os militares mostraram para o Governo que estão unidos em todo o Estado, em busca de melhores salários.

O protesto dos militares contra o Governo em Cruzeiro do Sul durou quase três horas. Durante os discursos no centro da cidade, o novo presidente da associação dos policiais civis do Juruá, José Gomes, disse que a população precisa saber por que muitas vezes, a polícia não consegue atender uma ocorrência, que segundo ele ocorre pela falta de pessoal e viaturas, e o governo não assume que a responsabilidade é dele.

Gomes protestou também contra o próprio sindicato da Polícia Civil no Estado, segundo o presidente a situação dos policiais civis não é diferente da PM e dos bombeiros, e o sindicato vem sendo omisso e se preocupando mais em defender o Governo do que a categoria.

Após o movimento, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Moisés Diniz, afirmou que na próxima quarta-feira dia, 11 de maio, o governador Tião Viana vai sentar com os líderes do movimento e apresentar uma proposta. Os militares já adiantaram que se a proposta do Governo não contemplar toda a categoria, a greve já está decidida. (Tribuna do Jurá)

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