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Professores acusam Sinplac de não negociar reenquadramento

Professores licenciados que foram contratados pelo governo nas décadas de 70 e 80 estão acusando o governo de ‘má fé’ o seu sindicato, o Sinplac, de não ter tomado as devidas providências para negociar atualmente os seus reenquadramentos profissionais. Eles se queixam de estar atuando há mais de 25 anos, mas só terem dado à famosa ‘puladinha’ (progressão de carreira) em apenas algumas letras. No fim de suas carreiras, seguindo tal ritmo, eles jamais conseguirão chegar até a Letra J (a última da categoria), nem com mais de 40 anos de serviço.
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De acordo com o professor José Cláudio Mota Porfiro, esta situação é tida por ele (que tem mais de 25 anos de serviço) e seus colegas com anos de trabalho como um ‘desrespeito’. É como se todos os anos que tivessem passado na sala de aula antes das duas mudanças no Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 1999 (antes, a puladinha acontecia de 7 em 7 anos. Com esta mudança no PCCR, passou a ser de 3 em 3 anos) tivessem sido em vão. E ele prega que tal si-tuação diz respeito não a grupos pequenos de educadores, mas sim a quase 2 mil deles.

“Onde está o reenquadramento dos professores? Não. Ele não está na Assembléia Legislativa. Ele não está na Secretaria de Educação. Também não está com o historiador Nepomuceno. Muito menos com o Sinplac”, escreveu o professor em artigo publicado em A GAZETA, complementando que o sindicato teria mais uma vez perdido o prazo para negociá-lo.

Alcilene diz que sindicato nunca deixou a questão de lado
Surpresa com a reclamação, a presidente dos Sindicatos dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac), Alcilene Gurgel, foi categórica ao afirmar que o sindicato nunca, nos seus mais de 10 anos presentes nele, deixou de lado a luta para conseguir o reenquadramento da categoria. Inclusive, nesta última negociação que o Sinplac deve tentar fechar hoje com o governo este foi um ponto amplamente insistido para que fosse contemplado.

“O Reenquadramento é um ponto importante, que prejudica muitos dos nossos professores. Por isso, sempre batemos muito em cima disso. Mas os governos não aceitavam negociar. Este de agora disse que irá olhar a questão com mais atenção, mas eu não posso afirmar que este será um problema resolvido neste ou no próximo ano. Não há garantia nenhuma para firmarmos data. Só o que eu posso dizer é que estaremos cobrando, como sempre, para conquistar mais este direito do professor acreano”, respondeu Alcilene Gurgel.

Para mostrar ainda mais da vontade do sindicato, ela conta que o Sinplac já ingressou até na Justiça para fazer uma reformulação na Lei Complementar 174/07 (do Plano de Carreiras da categoria) para que todos os professores que voltaram letras na mudança de 1999 sejam reenquadrados na sua letra antiga. “Sabemos que os professores mais antigos se sentem lesados e querem ser inseridos nas suas letras justas. Por isso, ingressamos esta ação”, comenta ela.

Outro tipo de reenquadramento defendida pelo sindicato é em relação aos docentes mais novos que entraram como nível médio e quando mudaram de nível voltaram para a Letra A.

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