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Sinteac não dispensa a possibilidade de greve por tempo indeterminado caso Governo não conceda ajuste salarial

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) promoveu arrastão nas escolas do centro da cidade de Rio Branco, na manhã desta quinta feira (19), com o objetivo de levar informações sobre as negociações de aumento salarial junto ao Governo do Estado. A categoria pede reajuste de 15% – que englobam perdas salariais decorrentes da inflação e ganhos reais.


Segundo a diretoria do Sinteac, a proposta de reajuste salarial para os servidores da Educação está sendo discutida com as bases, que até agora tiveram a posição única de não aceitar resposta negativa por parte do governo, tendo em vista a educação tem recursos próprios, além do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).


Durante a visita às escolas foi reafirmado que não está descartada a possibilidade de realização de greve, caso o estado mantenha a posição de não conceder o aumento salarial.


“Nossa categoria está em estado de alerta. Estamos prontos para comemorar o reajuste, mas também dispostos a promover paralisação geral, seguida de greve”,  frisa o presidente do Sinetac, Manoel Lima.


Posição do estado – durante as negociações com o Sinteac, a equipe do Governo vem afirmando que, em termos de finanças, esta é a situação mais precária desde o ano de 1999. Houve uma diminuição nas transferências de recursos relativos ao Fundo de Participação dos Estados – FPE, que hoje equivalem a 65% da receita do Estado.


Contrapondo-se a isso, os gastos com pessoal aumentou de 2003 a 2010 acima da inflação, gerando uma folha de pagamentos de aproximadamente 109 milhões.
Ainda segundo a equipe de governo, para o ano de 2011 o estado dispõe de aproximadamente 15 milhões de reais para negociar com todos os setores do funcionalismo público. Em percentuais, segundo eles, este valor, ao ser negociado com todas as categorias, gera um aumento linear de apenas 1% para cada classe de profissionais do quadro de servidores, o que é considerado insignificante para os trabalhadores da Educação.


“Na última reunião, realizada no dia 17, ficou definido que o Governo apresentará uma contraproposta aos trabalhadores na segunda feira”, comenta Zenilda Barboza, do departamento de Professores do Sinteac.


O próximo passo do Sindicato será a realização de Assembléia Geral, na semana que vem, após a última rodada de negociações com a equipe de Governo.  A idéia é definir as estratégias que serão adotadas caso não haja o reajuste salarial pretendido, inclusive se haverá greve ou não. (Assessoria)

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