Enfermeiros, técnicos e auxiliares realizam amanhã, em frente à Assembléia Legislativa (Aleac), um protesto. “Estamos sendo desvalorizados e sequer somos recebidos pelo Governo do Estado”, disse o representante da categoria Raimundo Correia. Os manifestantes contam com o apoio das centrais sindicais Força Sindical e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).
De imediato, os sindicalistas querem ser atendidos pelo governo. “Estamos sendo enrolados desde o início do ano. Estão subestimando o nosso poder de mobilização. Técnicos, auxiliares e enfermeiros correspondem a 60% da categoria de trabalhadores em saúde. Se o governo continuar a nos tratar dessa forma, vamos para o confronto”, ameaçou Correia, afirmando existir um sentimento de revolta na categoria.
Ele critica a atual política de ‘privatização da saúde’. O sindicalista denuncia que a Prefeitura de Rio Branco paga, a servidores de empresas contratadas, o dobro que é pago a servidores do quadro funcional, que, de acordo com ele, exercem a mesma função. “Isso é um absurdo”, desabafa Raimundo Correia, informando que vai ao Ministério Público Estadual (MPE) denunciar que as empresas contratadas ‘são de apadrinhados políticos’.
Os servidores do Pró-Saude, ainda segundo ele, estão trabalhando 44 e até 46 horas semanais. “Isso é uma afronta à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)”, protesta o sindicalista. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) entregaram, na semana passada, 25 reivindicações ao Governo do Estado. Com cerca de 5 mil filiados, o presidente da entidade, José Correia Daniel, já ameaça uma greve na categoria.
