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Trabalhadores rurais fecham os bancos da Amazônia e do Brasil

Trabalhadores rurais fecharam ontem o Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Brasil. Eles reivindicam a liberação de créditos, maior dilatação de prazos e tratamentos diferenciados por pertencem ao setor definido como agricultura familiar. A direção do Basa informou que existem, somente para este ano, cerca de R$ 16 milhões para o fomento da pequena produção. A polícia esteve no local e os manifestantes se retiraram.
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Acampados em frente às duas instituições, os agricultores participam da 17ª edição do ‘Grito da Terra Brasil’ (GTB) e esperam mobilizar três mil de todo o Estado. “Temos muitas reivindicações a fazer ao poder público”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Branco (STR), Heliton Silva.

Com o tema “Agenda por um Brasil sustentável”, sem pobreza e sem fome, os organizadores estabeleceram as seguintes ‘bandeiras de luta’: ações de combate à pobreza rural, combate à desigualdade de gênero e geração, sustentabilidade econômica, so-cial e ambiental, participação e controle social, organização sindical e orçamento público federal.

“Estamos reivindicando a imediata regularização fundiá-ria, créditos rurais e a implantação de um programa de infra-estrutura e piçarramento de ramais”, completou a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosana Souza Nascimento, anunciado uma reunião marcada para hoje com governador e todos os secretários. 

O Grito da Terra Brasil é uma das maiores atividades de massa que o movimento sindical de trabalhadores rurais realiza, anualmente, desde 1995. É um momento em que se apresentam aos governos federal, estadual e municipal um conjunto de ‘reflexões’, reivindicações e an-seios que são gerados a partir das necessidades da agricultura familiar brasileira.

Os GTB´s realizados até agora tiveram um papel fundamental na conquista de políticas públicas para a agricultura familiar, segundo os sindicalistas. O grande exemplo disso, citam eles, é a existência do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), instituído pelo Governo Federal.

Sindicalistas decidem fazer reivindicações conjuntas
JORGE NATAL

Os sindicato dos Urbanitários, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (SPAT/AC), Sindicato dos Servidores da Saúde (Sintesac), Bombeiros, Policiais Militares, Servidores do Detran (Sindetran)  e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) se reúnem hoje para ava-liar o movimento grevista. Dispostos a unificarem as ‘bandeiras de luta’, eles reivindicam reposições salariais e ameaçam uma greve geral.

A unificação dos sindicalistas, não por acaso, acontece no momento em que o Governo do Estado solicitou efetivos da Força Nacional de Segurança. Na manhã de ontem, o comandante da Polícia Militar, José dos Reis Anastácio, e secretário de Segurança, Ildo Reni Graebner, em entrevista coletiva, explicaram a presença dos policiais. Eles negaram que serão expedidas reintegrações de posses nesse período.

A principal reivindicação unificadora de todas as categorias é a reposição inflacionária. O presidente do SPAT/AC, Raimundo Correia, disse que, além de avaliar ‘a atual conjuntura’, a união das categorias fortalece o poder de pressão. “Estamos lidando com assessores treinados no movimento social. Eles só não têm argumentos para negar perdas salariais, que devem ser repostas, pois são garantidas pela Constituição Federal”, declarou Correia.

Os percentuais de reposição reivindicados são: Sinteac 10%, Sintesac 40%, Sindicato dos Policiais Civis (Sinspol) 45%, bombeiros e policiais militares 117%, Sindetran 55%, e SPAT/AC 47%. “Estamos falando apenas de perdas, ainda faltam os ganhos reias”, completou o presidente da CTB, José Chaves.

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