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Urbanitários temem privatização das distribuidoras de energia

O Sindicato dos Urbanitários do Acre, Amazonas, Rondônia, Acre, Piauí e Roraima e Alagoas estão denunciando as Centrais Elétricas do Brasil (Eletrobrás), que pretende vender as distribuidoras de energia. “A lógica é a seguinte: primeiro se sucateia para, em seguida, se provar que elas (distribuidoras) são inviáveis economicamente”, explica o presidente da entidade, Marcelo Jucá.

Demissões em massa, precarização dos serviços, aumento exorbitantes das tarifas, exclusão das parcelas mais carentes da população, acidentes e mortes constantes de trabalhadores em suas atividades por falta de condições de trabalho dignas. Estas seriam, segundo Jucá, as principais consequências da política de privatização.

O próprio ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, segundo ele, tem se colocado favorável a essa medida, por entender que essas empresas não têm condições de apresentar os resultados que eles esperam na sua lógica de mercado, ‘sem levar em conta o papel social que elas desempenham’.

Na opinião dele, as empresas distribuidoras de energia do sistema Eletrobrás ‘exercem um papel fundamental no desenvolvimento do nosso país’. Localizando-se em sua maioria nas regiões Norte e Nordeste, estas empresas, por terem sobrevivido ao processo de privatização do governo FHC, estão ‘na mira’ de conglomerados econômicos internacionais.

No último balanço da Eletrobrás, as empresas distribuidoras apresentaram resultados ruins, fortemente influenciados por uma nova metodologia contábil utilizada, completamente adequada à legislação americana para permitir a venda de ações na bolsa de valores.

“As distribuidoras de energia do sistema Eletrobrás são estratégicas, pois atuam em regiões onde apenas o estado brasileiro não teria condições de oferecer um trabalho eficiente e de qualidade, assegurando que o poder público seja o fomentador do desenvolvimento, compromisso que a iniciativa privada não tem. Essa medida é um retrocesso gigantesco, que tanto mal causou ao interesse nacional, com a entrega do patrimônio público ao capital privado, sobretudo o transnacional”, denuncia o sindicalista.

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