O delegado Rafael Pimentel do Núcleo de Proteção á Criança e ao Adolescente Vítima (Nucria) decidiu indiciar e pedir a prisão preventiva da mulher do suposto pastor evangélico, Laudionor que já cumpriu pena de 13 anos, por estupro de vulnerável.
Segundo o delegado, a mulher do pastor será indiciada por participar do ato de violência sexual contra duas adolescentes juntamente com o marido.
O crime – O suposto pastor foi preso no final da tarde de sexta-feira, 13, acusado de estuprar duas adolescentes de 13 e 16 anos, no Ramal do Monte Oreb, localizado na Rodovia AC-40.
De acordo com depoimento das vítimas o acusado realizava cultos nas casas de moradores dos ramais da rodovia. E que a avó das menores estava muito doente e pediu que fossem chamar o suposto pastor para realizar um culto em sua casa.
Laudionor atendeu o chamado da idosa e ao chegar na casa teria afirmado que o problema estava nas duas adolescentes que estariam “possuídas” por um demônio de destruição.
E alegou ser necessário fazer um “trabalho” de descarrego nas meninas, afirmando que esse “trabalho” somente poderia ser feito em sua residência, pois naquele momento teria recebido uma “revelação de Deus” afirmando que as garotas estariam possuídas pelo espírito denominado “Pomba gira”.
Com essa argumentação ele convenceu a avó e as vítimas a passarem por uma sessão de descarrego, mas lembrava que as garotas tinham que ir até sua casa para a “assentada religiosa”, sozinhas.
Segundo relatos das garotas ao chegarem na casa do “pastor” ele estaria acompanhado da mulher dele.
Na residência dele era proferida algumas orações, onde alegava que as meninas se-riam ungidas no corpo e nas partes íntimas, pois elas estavam com o espírito da ‘Pomba gira’ e que Deus havia revelado à ele, que esse espírito fazia os homens sentirem desejos pelas garotas e que inclusive elas estariam ameaçadas, porque, esses desejos poderiam levar algum homem a querer matá-las.
Sob a observação da mulher o suposto pastor passava o óleo no corpo e na região vaginal das meninas e dizia que tinha que penetrá-las para que o espírito saísse de seus corpos.
“Ele disse que estava arriscando acabar com o casamento dele, para salvar a gente, mas que estava atendendo uma ordem de Deus”, afirmou uma das vítimas.
Segundo a vítima, o pastor teria introduzido primeiro um dedo em sua vagina e que isso teria doído e quando ele tentou a penetração com o pênis, ela teria tentando se livrar, mas a mulher do pastor que estava dentro do quarto e tudo assistia dizia: “deixa, deixa que isso é para o seu bem”, contou a vítima.
O delegado Rafael Pimentel solicitou exames laboratoriais realizados no Instituto Médico Legal que revelou que houve o estupro nas meninas, sendo o acusado indiciado pelo crime e encaminhado ao presídio à disposição da Justiça.