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Funcionário Público suspeito de matar mulher com mais de 15 facadas é preso

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Policiais militares do 4° Batalhão prenderam na noite desta segunda-feira, 16, o funcionário público, Valmir Rodrigues da Silva, 60 anos, suspeito de ter cometido um crime bárbaro contra a dona de casa Alcemira Garcia Castelo Branco, 57 anos. Ela foi encontrada morta na manhã de domingo, 15, nos fundos de uma Chácara, localizada no Loteamento Adalto Frota, Vila Custódio Freire.


O corpo da vítima foi encontrado por moradores da região abandonado aos fundos da Chácara onde morava na companhia do suspeito.


Com o corpo semi nu, a vítima apresentava 16 perfurações a faca espalhados por várias partes do corpo.


De acordo com informações da polícia, Valmir Rodrigues foi preso quando caminhava na BR 364, proximidades da Vila Custódio Freire.


“Ao avistar a guarnição, ele tentou fugir entrando na mata, mas foi perseguido e preso” afirmou um policial militar integrante da guarnição do 4° BPM.


Suspeito nega crime e afirma que foi um desconhecido que usava luvas pretas
Demonstrando uma frieza fora do comum, Valmir Rodrigues que já tem passagem pelo Presídio Estadual por crime de tentativa de homicídio, negou ter matado a companheira e contou uma versão recheada de contradições e fantasias.


De acordo com a versão do suspeito, era madrugada de domingo, quando ele acordou e foi até a cozinha beber água.


Quando retornava para o quarto do casal, um homem desconhecido, alto e magro e que usava luvas pretas invadiu a casa e armado de faca passou a desferir vários golpes contra Alcemira que somente dizia: “eu não faço mais isso”.


Em seguida o desconhecido fugiu deixando a mulher toda ensangüentada e Valmir afirma que correu para pedir ajuda e não retornou temendo que ser preso.


Na versão seguinte, Valmir Rodrigues fala do mesmo homem alto, magro e que usava luvas, porém alguns detalhes são esquecidos e outros acrescentados, como por exemplo, quando ele afirma ter lutado com o desconhecido, e que saiu da casa e entrou na mata deixando a mulher e o suposto assassino dentro da residência.


Valmir nega ter problemas psicológicos e afirma já ter passagem pelo Presídio por crime de tentativa de homicídio
Na Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher – DEAM para onde foi levado pelos policiais militares, Valmir Rodrigues negou ter problemas psicológicos e afirmou que os únicos remédios que tomava às vezes era para insônia e problema cardíaco.


“Eu não sou louco e tomo remédio às vezes para insônia e outro para o coração, esse do coração tem que tomar a vida inteira. Sei que vi um homem estranho, magro, alto e que usava luvas pretas, é só isso” afirmou o suspeito.


Rodrigues, disse que amava muito a mulher com quem vivia há quase dois anos. ”acho que ela não me amava mais não. E não sei o porquê ela disse para o desconhecido que não ia mais fazer isso. Acho que ela estava tendo o caso com ele” declarou Valmir.


O suspeito afirmou que atirou em um homem por que ele vivia mexendo com ele dizendo palavras que o ofendia.


Apesar de afirmar que lutou com o suposto assassino, Valmir não apresentava nenhum arranhão no corpo.


Em uma das versões dada por Rodrigues, ele afirmou ter lutado com o assassino de sua mulher, mas estranhamente Valmir não apresentava nenhum arranhão no corpo.
“Não sei dizer por que não fui ferido não, talvez por que o assassino somente queria matar a minha mulher” declarou.


Delegada afirma não ter dúvidas que Valmir matou a companheira
A delegada Áurea Dene, afirmou nesta segunda-feira, 17, não ter dúvidas quanto à autoria do crime. Ela disse que Valmir não quis falar muita coisa, mas a Polícia tem testemunhas que afirmaram que o suspeito foi visto na manhã de domingo, 15, rodando as proximidades da casa onde cometeu o crime portando uma escopeta.


A delegada disse ainda que Valmir não sofre de nenhum problema mental, pois não existe nenhum prontuário dele no Hospital de Doenças Mental – HOSMAC, e que a versão de ter sido outra pessoa se desfaz a partir do momento em que Valmir não procurou ajuda de vizinhos e nem comunicou o fato a Polícia.


Áurea Dene, disse ainda, que a motivação para o crime foi excesso de ciúmes e sentimento de posse que Valmir tinha para com a mulher.

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