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Sentenciado pelo tráfico, jovem é executado no Caladinho

Mais um crime bárbaro foi registrado na manhã de ontem, 30, na região da Invasão do Caladinho, bairro Montanhês. Um homem, morador do bairro Tancredo Neves, identificado pelo nome de Elizeu Mota da Silva, 25 anos, foi sentenciado à morte pelo tráfico de drogas daquela região. O homem foi morto com requintes de crueldade. A vítima teve a garganta cortada e várias perfurações à faca pelo corpo. O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira, 30, após ter sido sentenciado à morte pelo “tribunal” do tráfico.
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Segundo o que a Polícia Civil conseguiu apurar a sentença de morte contra Elizeu foi decidida na madrugada de segunda-feira, quando um traficante identificado pelo nome de José da Silva Rufino, 24 anos, “Caveirinha” descobriu que era Elizeu quem estaria roubando os entorpecentes que eram “intocados” no mato por “Caveirinha”.

Captura e execução
De acordo com informações, “Caveirinha” comanda o tráfico de drogas na região dos bairros Montanhês, Tancredo Neves, Defesa Civil e Jorge Lavocart, além da Invasão do Caladinho.
Para despistar a polícia, o volume maior de drogas são escondidos em pontos estratégicos, e comumente em um matagal próximo ao local onde ficam os “aviõezinhos” vendedores de droga “empregados” do traficante.

E a escolha do local onde a droga vai ser deixada é do próprio traficante. Os vendedores pegam pequenas porções para no caso de ser flagrado pela polícia alegarem que são apenas usuários.
Nos últimos dias a droga que era “intocada” pelo traficante “Caveirinha” estava sendo roubada e com ajuda dos “soldados” do tráfico “Caveirinha” passou a investigar e somente no início da madrugada conseguiu uma testemunha que apontou Elizeu como o responsável pelo sumiço da droga.

Em uma breve reunião, onde segundo a polícia participaram além de “Caveirinha”, uma mulher identificada pelo nome de Cristiane Vaz do Nascimento, 24 anos, e Israel Patrício de Oliveira, 24 anos, que fizeram parte do “tribunal” que decidiu pela morte do acusado para servir de exemplo para outros.

Cristiane Vaz ficou responsável para atrair a vítima ao local da execução. Ela teria ido a casa de Elizeu onde o convidou para sair.

Sem saber que estava sentenciado de morte, a vítima acompanhou Cristiane a um local previamente escolhido pelos criminosos. Ao chegar ao local acreditando que participaria de uma “rodada” de fumo, Elizeu abatido a golpes de ripa, após ficar semi inconsciente sem condições de reagir, foi arrastado para os fundos de um quintal próximo a um matagal onde foi executado a golpes de faca na garganta e perfurações pelo corpo.

No local do crime “Caveirinha” deixou cair um aparelho de celular que serve de prova para a polícia.

Por volta das 11h a Polícia Militar prendeu Israel Patrício de Oliveira, que é suspeito de participar do crime e que já teria tentado contra a vida de Elizeu.

Levado a Delegacia de Flagrantes (Defla) da 5ª Regional, Israel negou a participação no crime, mas confirmou que na noite anterior a morte de Elizeu ele esteve na companhia da vítima, Cristiane e “Caveirinha”, mas que somente estariam consumindo bebida alcoólica e que por volta das 22h foi para sua casa.

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