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Aníbal repudia afirmação da Veja de que o PT se beneficiaria do voto em lista

Ao utilizar a tribuna do Senado ontem (16), o senador Aníbal Diniz falou sobre reportagem publicada na revista Veja, no último final de semana, a qual repudiou devido a afirmação que ele considerou leviana de que a lista fechada, pré-ordenada é apenas uma artimanha do PT, com a intenção de cassar o direito de voto dos eleitores e se perpetuar no poder com supostos mandatos vitalício dos “chefões” partidários.

De acordo com Aníbal, a revista está dando seqüência a sua tática de ataques ao Partido dos Trabalhadores e revidou explicando que esse sistema surgiu na Bélgica, justamente com a intenção de permitir o direito das minorias e, no Brasil a intenção é criar a possibilidade de tentar dotar de mais ideologia, para que os eleitos tenham responsabilidade com os partidos. “Atualmente é muito comum se eleger por um partido e depois não defender as teses do mesmo e até abandoná-lo. Se tem uma coisa que se tenta fazer é fortalecer a fidelidade partidária. Enquanto se defende a lista preordenada”, afirmou o senador.

Aníbal acrescentou que a lista fechada, pré-ordenada também traz um maior equilíbrio de gênero no parlamento brasileiro que atualmente, só ganha do Paraguai em número de mulheres com mandatos. “Com as regras atuais dificilmente mudaremos essa realidade. Não está se pensando apenas em fortalecer os partidos e sim as mulheres”, disse.

O senador do Acre ainda revelou a necessidade de deixar às claras que o modelo atual em que os candidatos disputam entre si, com a mesma sigla, não cabe no financiamento de campanhas porque estariam financiando pessoas e não partidos. “O que trago aqui são afirmações para que seja reposta a verdade, a votação da lista fechada ainda não ocorreu e todas as propostas serão devidamente avaliadas com todos os senadores. A maioria, formada com um conjunto de idéias absolutamente divergente”, disse.

Outra afirmação da revista Veja rebatida pelo senador é sobre a vitaliciedade de mandatos com a reforma política, o que a revista chamou de “mandatos vitalícios dos chefões”, Aníbal garantiu que isso não vai ocorrer porque, certamente será definido o número de vezes em que a pessoa poderia assumir os mandatos. “Acaba sendo uma ofensa para todos os componentes da comissão do Senado”.

O senador Eduardo Suplicy (PT–SP) pediu um aparte para dizer que o PT, ao defender a lista fechada, deve ser urgente e por meio democrático já há diversas proposições, todas no sentido de assegurar um processo democrático de todos que estiverem na lista.

Aníbal Diniz encerrou o assunto afirmando que quando se vota numa coligação não se vota apenas no candidato, mesmo diretamente o cidadão já está votando em lista. “O que tem na revista Veja é uma intenção clara e explicita de atacar o partido dos trabalhadores”, asseverou. (Assessoria)

 

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