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Crises climáticas: Perpétua discute prevenção com prefeitura do RJ

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB),  presidenta da Comissão Especial Diante de Catástrofes Climáticas da Câmara Federal, foi recebida na tarde de ontem pelo corpo técnico da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Fundação Geo-Rio, também ligada ao município, que coordena um dos sistemas mais eficiente de prevenção e gerenciamento de eventos naturais do país. 

Perpétua, acompanhada de outros cinco parlamentares, membros da comissão, segue ouvindo acertos e dificuldades de cidades e estados atingidos ultimamente pelo mau tempo. O objetivo final é construir uma proposta de Código de Proteção Civil para o país. Após visitar cidades de Santa Catarina devastadas no pior desastre da história do estado, a Comissão decidiu, agora, visitar a Região Serrana do Rio de Janeiro, em especial as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, quase totalmente destruídas em janeiro deste ano, quando mais de 800 corpos foram encontrados após serem soterrados ou arrastados por enchentes e deslizamentos.

Perpétua Almeida e presidente da fundação, Márcio Machado, se encontraram na Sala de Crises, ambiente ultra-equipado de onde são tomadas decisões extremamente cirúrgicas sobre assuntos como o Carnaval e a segurança do presidente Barack Obama, e de onde a cúpula do governo tratará tudo que for relacionado à Copa do Mundo e as Olimpíadas.

A equipe do prefeito Eduardo Paes previu não haver chuvas no show do cantor Paul Maccartney, que será realizado no Rio domingo e segunda-feira próximos, como prova de eficiência da tecnologia implantada na cidade. “Prevenir é sempre melhor que remediar”, disse Mendes. Hoje, somente com seis horas de antecedência é possível prever a quantidade de chuvas. Um radar meteorológico em aquisição pelo governo fluminense – e que será entregue em julho – dará condições de as autoridades saberem onde e quanto de chuva em determinada comunidade. O desenvolvimento da tecnologia, que poderá ler informes simultâneos da Nasa e Inpe, é assinado pela IBM, parceira-líder da prefeitura, e envolve diretamente 60 PHD’s

A experiência fluminense para prevenção e gerenciamento de catástrofes climáticas poderá ser incorporada na proposta da comissão que será apresentada ao ministros no Congresso Nacional, provavelmente no final do ano. Ela lembrou a máxima japonesa, amplamente divulgada na Plataforma Global ocorrida em Genebra, na última semana: “nós só temos novas tragédias quando esquecemos a última”.

“O alerta (sirenes que no caso do Rio são instaladas nas favelas e são acionadas diante de ameaças) não basta. É preciso criarmos responsabilidades aos gestores e estimular as prefeituras a também trabalhar seus planos de contingência. Imprensa, governos e sociedade são indivisíveis nesse caso.  O mundo inteiro está preocupado com o que vem por aí. Não podemos ficar reféns, a cada desastre, de medidas paliativas. O que iremos propor é uma política de estado capaz de prever chuvas, enchentes e riscos de incêndios, além de medir o impacto desses acidentes naturais na qualidade de água”, reafirmou a deputada, que nesta sexta-feira irá percorrer o ainda visível rastro de destruição na região serrana. (Assessoria)

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