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Deputados se rebelam contra a Eletroacre na Aleac

O líder do governo, Moisés Diniz (PCdoB) fez um discurso duro contra a Eletroacre, ontem, na Aleac. “Só não vou usar palavrões para me referir a essa empresa porque irá ferir o decoro parlamentar”, alegou. O motivo da indignação é o fato de Eletroacre ter conseguido o aval do Superior Tribunal Federal (STF) para realizar cortes de energias a qualquer dia. Acontece que em 2004, a Aleac, aprovou um projeto que determinava que os cortes não poderiam acontecer próximos a feriados e finais de semana.

Moisés bradou: “a Eletroacre não gosta de pobres, ela suporta os pobres. É natural que as pessoas de baixa renda quando têm a sua energia cortada tem que correr atrás de negociação. Quando isso acontece e todas as repartições estão fechadas fica impossível restabelecer a eletricidade. Não conheço um cidadão acreano que esteja satisfeito com a Eletroacre. Está na hora dos 24 deputados estaduais fazerem uma visita ao presidente da empresa e aumentarem a fiscalização sobre as suas atividades no Estado”, protestou.

Depois do discurso da liderança governista vários outros deputados seguiram o mesmo caminho e não pouparam críticas à Eletroacre.  “É um direito da empresa reconhecido pelo STF. Mas precisamos analisar o bom senso e a opção de gestão da empresa. Bastaria que fizessem um planejamento para cortarem de segunda a quinta. Como a Justiça reconheceu o direito da Eletroacre cortar as energias que isso seja de quem pode pagar e não do pessoal de baixa renda.  É uma questão de direito social as pessoas mais pobres não serem atingidas”, afirmou o deputado Geraldo Pereira (PT).

Para o líder do PT a energia é uma questão de saúde pública. “Por exemplo, se faltar à eletricidade para quem tem pressão alta vai comer carne salgada? Ou vai estragar os seus alimentos e medicamentos, no caso de quem toma insulina? E o leite das crianças? É um transtorno muito grande para as famílias”, salientou.

 

Categories: POLÍTICA
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