O senador Jorge Viana fez um apelo ontem, da tribuna, para que os senadores atuem com equilíbrio na apreciação do novo Código Florestal, aprovado anteontem pela Câmara dos Deputados com uma emenda prevê a manutenção de atividades agrícolas em Áreas de Preservação Permanente, autoriza os estados a participarem da regularização ambiental e anistia os desmatamentos ocorridos até junho de 2008.
Segundo o senador, a legislação em debate no Congresso diz respeito essencialmente às florestas e não à atividade agropecuária, e a tarefa do Senado é trazer a discussão para o lugar certo. Não podemos deixar que a questão ambiental saia perdendo e se transforme em depositária dos problemas de outros setores, disse Jorge Viana.
Para ele, a votação do Código Florestal na Câmara foi um confronto de idéias mas também de interesses políticos, em que o meio ambiente foi equivocadamente colocado em contraposição ao setor agropecuário. “O Senado precisa trabalhar para que o meio ambiente não saia perdendo, até porque o destino do Brasil com um dos maiores produtores mundiais de alimentos depende do grau de sustentabilidade de sua agricultura”.
Ele lembrou que o consumidor mundial está mais exigente e que o setor agropecuário, ao agir de forma pouco responsável no trato dos recursos naturais, como queimadas e desmatamento, está pagando uma conta desnecessária, de país destruidor de florestas.
Na opinião de Jorge Viana, cabe ao Senado agora, ao debater sobre o projeto de Código Florestal, buscar o equilíbrio entre a proteção ao meio ambiente e o agronegócio e criar um clima de confluência de interesses que aperfeiçoe a proposta vinda da Câmara e resulte no melhor para o país. (Assessoria)