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Juízes e promotores eleitorais discutem Educação Política

Reunião ocorrida na tarde de quarta-feira, na Esmac, abordou atividades a serem adotadas para conscientizar candidatos e eleitores para as eleições 2012

A Escola Judicária Eleitoral (EJE) promoveu na tarde de quarta-feira, 11, na Escola da Magistratura Acreana (Esmac), reunião de planejamento das atividades de Educação Política a serem desenvolvidas em todos os municípios acreanos, como forma de preparar o candidato e o cidadão para as eleições 2012.


Para isso, participaram do evento juízes e promotores eleitorais das dez zonas distribuídas no Estado, os quais foram responsáveis por levantar propostas voltadas para a educação, com base na realidade e necessidades de cada Zona Eleitoral.


Segundo o diretor da EJE, juiz Marcelo Bassetto, há uma proposta prioritária de se promover cursos para candidatos a vereadores, tanto na capital, quanto no interior. Segundo ele, o curso deverá abordar questões que vão desde a inscrição eleitoral, até o exercício do cargo.


“Temos pessoas bem intencionadas, com vontade de trabalhar, mas a realidade é que poucas sabem, de fato, qual o papel de um vereador. Não basta ter interesse no cargo, há uma necessidade de formação específica para aquele que vai representar o povo. Entendemos que essa capacitação evitará muitos problemas futuros”, destacou.


O juiz eleitoral da 6ª Zona, Danniel Bonfim, contou a sua experiência em atividades de Educação Política vivenciada nas eleições 2010. Nos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, ele visitou escolas da rede pública levando palestras sobre o processo eleitoral para estudantes, bem como para o quadro de servidores das instituições.


“Não basta fazer eleição, temos que instruir quem vai votar. O processo eleitoral parece ser simples, mas não é. O eleitor tem muitas dúvidas e que precisam ser sanadas por meio de atividades educativas como essas que estamos planejando”, reforçou.


Durante a reunião, os juízes e promotores eleitorais assistiram a uma apresentação dos alunos de ensino médio da Fundação Bradesco, que desenvolvem o projeto “Voto não se compra, se conquista”, desde 2008.


O projeto é considerado referência no Estado, por levar para as salas de aulas, dentro das disciplinas já existentes, assuntos como cenário político, a importância do voto, o exercício da democracia e outros. Em ano eleitoral, os estudantes realizam uma eleição simbólica na instituição, mas seguindo todo o processo eleitoral real, com direito a candidato, campanha e urna eletrônica.


“Os alunos da nossa escola aprendem a ter uma preocupação com o contexto político desde jovens, conhecem a importância de analisar as propostas de candidatos, são incentivados a votarem com 16 anos, tudo isso e muito mais, graças ao projeto”, disse o aluno Jefferson Barroso, 16.


Diante de modelos como esse, o juiz Marcelo Bassetto disse que a intenção é desenvolver um plano de Educação Política viável, que atenda todo o Estado. “Para a Justiça Eleitoral a conscientização política é um processo muito importante ”, enfatizou. (Ascom TRE/AC).

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