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Para Aníbal, Código Florestal não pode ser aprovado a “toque de caixa”

No início da semana em que o Senado Federal irá abrir o debate sobre os termos do Código Florestal Brasileiro aprovado pela Câmara, o senador Aníbal Diniz (PT/AC) informou em seu discurso que a presidenta Dilma anunciou que, para o ano de 2011, haverá um aumento nos investimentos para o Plano Agrícola e Pecuário, de R$ 100 bilhões para R$ 107 bilhões, a fim de fortalecer a produção de alimentos e fortalecer a produção para exportação no Brasil. 

“Trago esse assunto a tribuna porque o Código Florestal foi aprovado na Câmara com um barulho ensurdecedor no sentido de que ou o Código acontece daquela forma ou os agricultores estarão sendo prejudicados. E nós sabemos que a intenção do Governo do Brasil não é prejudicar agricultores, nem os pequenos, nem os grandes. Queremos cada vez mais fortalecer a nossa produção agrícola, que tem uma contribuição fantástica na nossa balança comercial favorável. Mas nós não podemos fazer isso em detrimento da nossa marca maior que é a proteção do meio ambiente, a proteção das nossas florestas”, disse.

De acordo com Aníbal, o ex-ministro do Meio Ambiente, Rubens Ricúpero, em reunião com a presidenta Dilma, junto com outros oito ex-ministros do meio ambiente, foi muito preciso ao afirmar que, longe de favorecer economicamente o agronegócio brasileiro, a aprovação do Código Florestal a “toque de caixa” pode causar gravíssimos problemas para o Brasil no sentido de ser identificados como um país que produz alimentos para exportação à custa da agressão ao meio ambiente.

“Nesse sentido podemos, sim, na aprovação do Código Florestal, estar criando sérios problemas para o agronegócio brasileiro. Então, não podemos encarar a situação de maneira simplista. Temos de aumentar a produção com novas tecnolo-gias, temos de fortalecer as tecnologias brasileiras para produzir cada vez mais nas mesmas áreas, para cada vez mais aumentar a nossa produtividade de tal maneira que não venhamos a receber a pecha de sermos um país devastador”, defende.

Segundo o senador, o novo Plano Agrícola e Pecuário, que será lançado em junho, oferecerá às culturas agrícolas voltadas ao mercado interno o mesmo apoio oferecido às commodities que são destinadas à exportação.  (Assessoria)

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