Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

PT inicia processo para indicar candidato às eleições de 2012

O pontapé inicial para escolher o nome da Frente Popular ao próximo pleito da Capital foi dado, ontem, na sede do PT. O prefeito Raimundo Angelim (PT), o governador Tião Viana (PT), o presidente regional, Leonardo Brito e os vereadores Gabriel Forneck (PT) e Ricardo Araújo (PT) estiveram presentes à coletiva de imprensa. Foi anunciado que o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim será o coordenador do seu processo sucessório.
Tiao13055
Angelim se colocou disponível para a nova missão. “É um desafio grande, mas lembrei de quando Dom Hélder Câmara veio ao Acre e disse que quando os problemas se tornam absurdos os desafio se tornam apaixonantes. Nunca fugi de desafio e aceitei com muita honra. A minha marca tem sido a ampla participação. Acho que essa é a história do nosso partido e enganam-se aqueles que pensam que estamos cabisbaixos e apreensivos com o embate eleitoral. O PT tem realizações concretas a mostrar e um projeto para avançar na gestão da prefeitura de Rio Branco”, garantiu o prefeito.

O coordenador do processo sucessório afirmou que os governos da FPA não são de continuísmos. “Damos continuidade às transformações. O meu sucessor da prefeitura, que acredito será da FPA, vai fazer melhor do que fiz e avançar muito mais. Haveremos de consultar as bases e dialogaremos com todos os partidos da FPA. Todas as candidaturas postas e as que virão passarão por um debate amplo. Mas o nosso foco principal é ganhar preservando a unidade do nosso projeto que tem dado certo no Acre. A oposição não tem projeto e não tem propostas e, por isso, está agredindo o governador de maneira irresponsável”, apregoou.

Tião Viana ressalta qualidades de Angelim
O governador Tião Viana (PT) explicou os motivos da escolha do coordenador da sucessão. “A decisão que tomamos coletivamente de nomear o prefeito Angelim é uma maneira de homenageá-lo. Não podemos ter dúvida de que não há ninguém que tenha trabalhado mais por Rio Branco do que ele. Tivemos prefeitos em Rio Branco que não corresponderam, prefeitos pescadores, prefeitos fazendeiros outros que jogavam baralho e aqueles que não correspondiam a uma boa imagem de honestidade. Tivemos até prefeitos que iam tomar uísque no Rio de Janeiro. Tenho certeza que o Angelim recebe um reconhecimento da sua dedicação”, salientou Tião Viana.

A condução da escolha do candidato também foi tratado por Tião. “Será um processo democrático, aberto, reflexivo e amplo capaz de envolver todos os partidos da FPA. O nome que encabeçará a chapa e o seu vice fará parte de um amplo diálogo. Tenho certeza que o PT reúne todas as condições para ganhar as eleições do próximo ano. Enfrentaremos uma eleição de cabeça erguida com o sentimento de que prestamos enorme serviço à população de Rio Branco, afirmou.

Estratégias e favoritismo da oposição
Indagado se o resultado eleitoral da FPA, em 2010, provocará mudanças na postura do grupo político, Tião Viana respondeu: “nós vivemos a fase de ajuste. Uma eleição não corresponde o que vai acontecer na outra. Não tivemos a vitória em Rio Branco, mas ganhamos em 15 dos 22 municípios demonstrando a força do projeto da FPA. Não tem nada a ver a eleição passada. Ganhamos nos últimos oito anos e estamos dispostos a ganhar a próxima também. Acho que será um processo naturalmente bem disputado e nós estamos querendo uma boa disputa. Qual é a estratégia da oposição? Apresentar mais de um nome porque acha que assim levará a eleição para o segundo turno. Quem está numa posição defensiva é a oposição e não nós”, argumentou.

Candidatura única dentro da FPA
Um jornalista indagou sobre a possibilidade de haver mais de um candidato entre os partidos que compõe a FPA. O presidente regional do PT, Léo Brito descartou a idéia. “O entendimento do PT é que a unidade da FPA sempre foi fundamental na construção desse projeto. Esse é um capital de grande importância no processo. Quando o PT tem condições de apresentar nomes não está dizendo que necessariamente o nome do candidato a prefeito será do PT e nem que haverá imposições. Estamos colocando de maneira clara que o PT tem condições de apresentar nomes, mas que a gente quer compartilhar junto com os outros pré-candidatos que surjam no seio da FPA. Vamos trabalhar uma candidatura unitária”, garantiu.

Angelim complementou: “paralelo a escolha de candidaturas estaremos trabalhando uma proposta administrativa para a prefeitura que será amplamente discutida. Assim foi feito o meu plano de governo e do Tião Viana. A candidatura da FPA terá que ter uma proposta de trabalho e de unir a FPA”, ressaltou. Léo Brito lembrou que o debate está aberto. “Vamos fazer uma discussão para ver os melhores perfis para administrar Rio Branco e o projeto que está sendo executado pelo Angelim. Mas não descartamos a possibilidade de termos uma candidatura de outro partido da FPA”, afirmou.

Transformações da gestão
O governador Tião Viana recordou de outras administrações da prefeitura de Rio Branco que, segundo ele, foram nocivas. “Vale a pena alertar o que era a realidade da prefeitura antes do Angelim assumir. As ruas eram tapadas com barro e a cidade campeã de buracos do Brasil. Havia falta de verbas federais para as obras estruturantes. A nossa política de parcerias com o Governo Federal permitiu uma reorientação dos recursos públicos para a boa aplicação na nossa cidade e a mudança é visível. Tenho certeza que a população saberá separar esse tipo de situação. A oposição acha que tem que agredir dia e noite o Governo Federal e que terá facilidade de apoio para recursos para a nossa cidade. O Governo Federal tem vontade própria e só trata com respeito quem o trata com respeito também”, lembrou.

Tião Viana garantiu que os maiores avanços da atual gestão ainda estão por vir. “O melhor do prefeito Angelim será visível até o final do exercício do seu mandato. Não tenho dúvida de que sairá consagrado como um dos maiores prefeitos da história da nossa Capital. O meu conceito de gestão pública e do Angelim é do século XXI e não dos séculos passados quando havia muros entre Estado e União. Hoje falamos em cooperação federativa. Quando unimos os centros de saúdes com as unidades especiais saímos de 19 mil atendimentos para 70 mil. Nós vamos fazer um Programa de Pavimentação do Governo do Estado com a prefeitura. Isso faz com que os serviços cheguem muito mais perto das pessoas. O que estamos fazendo juntos para resolver o problema do abastecimento de água na Capital fará uma diferença muito grande. Estamos cada vez mais unidos e o resultado será visível à população”, finalizou o governador.      

Sair da versão mobile