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Álcool sofre queda no Acre, mas ainda segue em desvantagem frente à gasolina

O preço do Etanol no Acre sofreu uma baixa de – 2,61% desde o fim da semana passada, saindo do valor de R$ 2,56 para a faixa média de R$ 2,49. Apesar de leve, a queda local do etanol (derivado da cana-de-açucar, mais conhecido como ‘álcool’) foi um caso à parte no país, que caiu em média 0,05% em 19 estados e subiu 2% em outros 8 locais. No entanto, os motoristas acreanos ainda não têm o que comemorar! Isso porque o combustível vegetal ainda segue entre os mais caros do Brasil, só perdendo pros R$ 2,51 de Roraima. Assim, levando em conta a relação custo-benefício, o etanol continua em larga desvantagem diante da gasolina.

De fato, o preço da gasolina tem se mantido na ordem dos R$ 3,10 a 3,13 em Rio Branco (R$ 3,25 no Juruá) desde o final de maio – quando o Governo Federal anunciou medidas pra conter a inflação nacional da cadeia em xeque. Como o cálculo de compensação entre os 2 combustíveis é de que o custo do álcool seja abaixo de 70% do da gasolina, significa que no Acre ainda sai bem mais em conta abastecer com gasolina. Para que esta situação se reverta, seria necessário ao álcool despencar mais R$ 0,40 (16,1%) nos postos acreanos.

Os dados foram divulgados pela pesquisa mais recente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Além do Acre, a ANP alerta que o álcool segue em desvantagem em mais 21 estados do país. As únicas exceções são em SP, GO, MT e PR, que têm preços abaixo da média nacional, que hoje é de R$ 1,91 (58 centavos ainda abaixo do preço mínimo cobrado no Acre).

O que explica esta queda mínima no preço do etanol é uma questão de equilíbrio da cadeia. Após os ascendentes aumentos em março e abril (entressafra), houve uma recuperação geral a partir da 2ª quinzena de maio. Isso fez o preço do álcool cair num ritmo que chegou até a quase 15%. Agora, fase de safra, é natural que o preço passe a ficar pontualmente estancado, deflacionando aos poucos (a oferta pelo etanol está alta no mercado, precisa ser normalizada).

No caso do Acre, a queda foi um pouco mais acentuada para nivelar os preços mercadológicos. Quanto à gasolina e ao diesel, também é natural que eles venham a se manter num padrão relativamente estável, seguindo a tendência do etanol por um certo tempo. Inclusive, nas próximas semanas a gasolina até pode ter levas altas (abaixo de 1%) para contrabalançar com as baixas (0,79%) que começaram o mês. Porém, se a quantidade de álcool no mercado não melhorar nos próximos meses, ela pode vir a subir astronomicamente até o fim do ano. 

 

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