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Associação de Moradores da Estrada do Amapá fica em 2º em prêmio nacional

Donas de casa em busca de uma alternativa para aumentar a renda da família descobriram um novo jeito de fazer negócio e melhorar a autoestima. Uma delas, Terezinha Silva, representa as demais moradoras da Estrada do Amapá não apenas no momento de receber o troféu de prata na edição nacional do Prêmio Mulher de Negócios no último dia 16, como também na luta que envolve a construção de uma nova realidade social para a comunidade, respeitando e protegendo o local onde vivem. Não foi fácil reunir quem acreditasse que seria possível construir renda e cidadania dentro de uma área de proteção ambiental, mas Terezinha conquistou a confiança dos moradores da APA do Amapá ao vencer a eleição da Associação de Moradores e não parou mais.

Presidente da entidade, ela lembra o início difícil. “Fui vítima de preconceito e machismo. Diziam que eu não era uma líder e por ser mulher teria ainda mais dificuldades. Compus uma chapa de mulheres e vencemos a eleição com treze votos de diferença e comecei a luta. Quando o local foi transformado em Área de Proteção Ambiental as coisas ficaram mais difíceis. Foi aí que pensei num projeto que poderia elevar a credibilidade da APA, gerando emprego e renda e dando a resposta que o governo precisava na preservação ambiental”, conta Terezinha em sua história que concorreu com as de outras 6,5 mil mulheres de todo o país. Ter o projeto classificado em segundo lugar na categoria Negócios Coletivos para ela foi o reconhecimento da maturidade do grupo que aprendeu a criar, costurar, vender, perder, esperar e cooperar.

A associação está em novo patamar e assina a produção de bolsas, enxoval de cozinha e cama, como cooperativa. O incentivo da organização não governamental. Vertente viabilizou a realização de parce-rias com outras entidades so-ciais e instituições governamentais na formação profissional, capacitações específicas nas áreas de empreendedorismo e cooperativismo e com informações sobre linhas de créditos. Atualmente com 15 membros, o projeto Costurando o Futuro comemora a nova fase com mais trabalho. A meta para este ano é melhorar a qualidade da produção, adquirir novos equipamentos, redefinir a linha de produtos e continuar acreditar no potencial do grupo para crescer ainda mais. “Queremos nos fortalecer como cooperativa e gerar mais renda para os moradores da APA”, planeja Terezinha Silva.

 

 

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