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Corpo de Bombeiros simula incêndio de 92 com resgate de vítimas na Aleac

A fumaça negra que partia do telhado da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) na manhã de ontem, às 10h, mais uma vez impressionou a população da Capital. Só que, desta vez, o que mais chamou a atenção não foi o desespero, e sim a destreza operacional do Corpo de Bombeiros pra lidar com a si-tuação. O episódio fez parte de uma Demonstração Técnica-Profissional (simulação) do incêndio ocorrido na Aleac, em 30 de abril de 1992. Às vésperas do Dia do Bombeiro (2 de julho), o ato destacou o valor deste profissional para a sociedade.
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Diferente do que acontecera há 19 anos, o simulado de ontem deixou claro a preparação técnica e o suporte de novos equipamentos para intervir com alta precisão de segurança diante de sinistros em prédios altos. A tarefa do dia foi simular o incêndio como houve em 92, com o salvamento de ‘vítimas’ presas no telhado do edifício. Na encenação, a maior mudança sobre o passado ficou por conta do Helicóptero João Donato para fazer os resgates.

No fato original, relembra o major BM Batista (um dos heróis daquele dia), 3 assessores de deputados ficaram presos no telhado do prédio. Então, ele e mais outro destemido bombeiro escalaram o prédio e salvaram as vítimas de uma provável tragédia. “Na época, não havia os equipamentos necessários. Por isso, tivemos que improvisar para fazer o resgate. Hoje é diferente. Há todo o suporte com o helicóptero e as adaptações de emergência no prédio para fazermos os salvamentos de forma altamente calculada e segura”, garantiu ele.  

Na versão simulada de ontem, a atuação heróica ficou por conta da tripulação do helicóptero, formada pelos majores Albuquerque (piloto) e Outácio (2º piloto), soldados Perez e Tomásio e pelo sargento BM Louredo. Com o suporte dos bombeiros, eles realizaram, inicialmente, o resgate de 2 vítimas, que foram levadas do topo da Aleac direto pra Gameleira. A primeira se deu pela técnica ‘Maguari’, na qual a aeronave sobrevoa o teto do prédio numa distância segura e dela desce um bombeiro treinado. Ele avalia o ambiente, ampara a vítima e lhe amarra uma corda na cintura para ambos serem levados em pêndulo para fora de perigo.

O 2º salvamento foi pelo método do ‘Cesto’, cujo helicóptero faz o mesmo procedimento. Só que em vez do bombeiro amarrar a vítima numa corda, ele a coloca numa espécie de gaiola cilíndrica resistente e ambos são levados dali. Tal técnica fez tanto sucesso entre os populares que assistiam atentos na praça em frente à Aleac que teve ainda mais 2 resgates além do planejado, totalizando 4 na manhã toda. Ao todo, a operação durou cerca de 1h30.

De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Acre, cel. Flávio Pires, a demonstração de ontem serviu para mostrar à sociedade acreana a capacidade técnica e a alta preparação e esforço dos bombeiros.

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