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Eletricitários param por 48 horas na próxima semana

Os trabalhadores do sistema Eletrobrás (Eletroacre/Eletronorte) e demais empresas do grupo Eletrobrás, fazem, nos dias 6 e 7 de junho, uma paralisação de 48 horas em todo o Brasil.
Eletrobrs_greve
Dando sequencia à terceira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2011/2012,  a direção da Holding apresentou uma proposta de 6,51%, que apenas  repõe as perdas salariais acumuladas no último período.

“Não abrimos dos 4,07% de ganho real, e ainda queremos outras reivindicações”, disse o diretor do Sindicato dos Urbanitários, Mauro Bezerra.

Na avaliação do representante sindical da Eletronorte, Ricardo Diogo, os prepostos do conglomerado Holding demonstram ‘um certo deboche’ com as reivindicações dos trabalhadores. “A nossa categoria está indignada com essas posturas, que representam uma ruptura com o ciclo iniciado no governo Lula e que agora querem jogar na lata do lixo”, protestou ele, assegurando que a categoria está unida e mobilizada para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.

‘Diante da ‘intransigência e descaso’ dos representantes da Holding, os eletricitários afirmam  a disposição em buscar a continuidade das negociações nas esferas políticas. Após a mudança na direção da Eletrobrás, houve uma reviravolta no tratamento com os trabalhadores.

A presidência, de acordo os sindicalistas, se omite das responsabilidades do cargo e dos seus compromissos. A holding é um junção de empresas que abrem mão de sua independência legal e se unem para constituir uma única organização. Assim, formam-se trustes e cartéis para monopolizar a exploração comercial, industrial e de serviços.

O Sindicato dos Urbanitários de Acre, Amazonas, Rondônia, Acre, Piauí e Roraima e Alagoas estão denunciando a Eletrobrás, que pretende vender as distribuidoras de energia.

Demissões em massa, precarização dos serviços, aumento exorbitantes das tarifas, exclusão das parcelas mais carentes da população, acidentes e mortes constantes de trabalhadores em suas atividades por falta de condições de trabalho dignas. Estas seriam, segundo os sindicalistas, as principais consequências da política de privatização.

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