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Entidades que defendem os direitos do idoso querem cumprimento do Estatuto

Entidades governamentais e organizações não governamentais que lutam pela aplicação dos direitos e em defesa dos idosos participaram de um ato que lembra o Dia Mundial de Combate à Violência Contra o Idoso, comemorado ontem. Palestras e debates sobre as formas de violência praticada contra os idosos, tanto em suas casas como em locais públicos, estavam na programação. A ação iniciou com caminhada organizada pela Secretaria Estadual de Saúde terminou como tema da pauta do dia na Assembléia Legislativa do Estado, onde foi realizada sessão especial para conscientização da violência contra idosos.

Presentes ao ato representantes do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas do Acre (Siacre), Lar Vicentino, Sesc, Igreja Assembléia de Deus, Sociedade Amor e Vida, Associação dos Portadores de Alzheimer, Pastoral do Idoso e secretarias municipais de Saúde, Meio Ambiente, Ação Social, Educação e Obras. Considerados idosos no Brasil a partir de 60 anos, homens e mulheres nesta faixa etária querem mais respeito e o cumprimento de seus direitos como o tratamento difereciado em instuições bancárias, no transporte e saúde públicos.

A presidente do Siacre, Iracema Cunha de Carvalho, afirma que estas são as principais reclamações que recebe da maior parte dos 1,6 mil aposentados e pensionistas sindicalizados. “As pessoas não respeitam o Estatuto do Idoso, não respeitam o idoso. Já melhorou muito, mas ainda falta percorrer um longo caminho”, diz a presidente do sindicato que oferece aos filiados assistência jurídica, clínico geral e assistência social.

Único abrigo para idosos no Estado, o Lar Vicentino atende pessoas desta faixa etária em sua capacidade máxima, de 45 homens e 12 mulheres. A instituição não governamental se mantém dos recursos da aposentadoria dos idosos e prioriza o atendimento daqueles que são abandonados ou não têm família. Administradora do Lar, Gislene Chalub Ribeiro, confirma que a procura é muito grande, mas que é preciso selecionar. O local possui um médico geriatra, enfermeira e técnico em Enfermagem, além de receber a contribuição de estagiários de Fisioterapia da Uninorte. “Queremos que o Estatuto seja respeitado em relação ao atendimento nas unidades de saúde. Temos casos em que estamos há 1 mês esperando uma consulta para oftalmologista. Os idosos não são como crianças. Eles tem histórico de vida e querem tudo rápido”, explica Gislene.

Constam no Estatuto do Idoso artigos que definem os direitos à saúde, ao trabalho, transportes coletivos, lazer, cultura e esporte, habitação e questões como violência, abandono e acesso a entidades de proteção.

 

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