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Governo oferece 20% de reajuste a todo funcionalismo

O Sindicato dos Urbanitá-rios fechou acordo com governo estadual. Em assembléias realizadas com a diversificada categoria, eles aceitaram os 20% anunciados pela equipe econômica. “Estamos negociando apenas as pautas específicas”, afirmou o presidente da entidade Marcelo Jucá.
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Além dos Urbanitários, também fecharam acordo os Trabalhadores em Educação (Sinteac e Sinplac), da Saúde (Sintesac), os servidores do Detran (Sindetran), Sinfac, da Administração Direta e Indireta (Sindsad e Sindecaf), dos Policiais Civis (Sinspol), dos Agentes Penitenciários (Sindap), e dos Agentes Socioeducativos. As categorias que não concordarem com a proposta ficarão de fora do reajuste.

“A união do movimento sindical foi determinante para o reajuste linear de 20% para todas as categorias. Trata-se de um avanço à custa de muita mobilização e luta das entidades representativas, não obstante à conscientização do conjunto de funcionalismo, que entendeu a necessidade de ir às ruas e praças para reivindicar”, avaliou Marcelo Jucá, destacando a participação do Sindicato dos Urbanitários e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), que estiveram nas manifestações e negociações.

Questionado sobre a possibilidade da deflagração de uma greve por tempo indeterminado, a partir da semana que vem, ele responde da seguinte forma: “As demais categorias podem utilizar todos os recursos disponíveis para lutar por direitos. Nós apoiaremos, mas é só apoio”, esclareceu o sindicalista, deixando a entender que parte da diretoria irá para frente da Assembleia Legislativa, na próxima semana. “Sindicatos são para defender os interesses da categoria”, acrescentou Jucá.

Na avaliação do diretor sindical, José Janes Gomes, os assessores governistas, ao definirem suas estratégias, erraram ao negociar em separado com os trabalhadores em Educação. “Isso causou uma revolta nos demais sindicatos, que se sentiram desprestigiados”, disse ele. Em relação à categoria urbanitária, o sindicalista ressalta a sua diversidade: “a gente negocia com empresas privadas, públicas do Estado e município, bem como as pertencentes ao Governo Federal. Onde não der para avançar, o sindicato entra na Justiça para reaver direitos”, finalizou.

Sindicatos deliberam sobre critérios de greve de servidores

GOLBY PULLIG

Reunidos no Sindicato dos Médicos do Acre na manhã de ontem, representantes de dez categorias de trabalhadores do serviço público do Estado definiram os critérios do indicativo de greve, anunciado terça-feira em manifestação que reuniu mais de 300 servidores em frente à Aleac. A paralisação marcada para a próxima terça-feira, 5 de julho, poderá não ocorrer caso a equipe econômica do Governo do Estado volte a discutir a pauta salarial. Os sindicatos afirmam estar “abertos à negociação”, mas começam a notificar gerências e secretários das pastas envolvidas sobre a paralisação que deverá ocorrer por tempo indeterminado.

Em texto publicado ontem na estatal Agência de Notícias do Acre, o Governo do Estado informa que o funcionalismo tem até o dia 4 para formalizar o acordo, caso contrário poderá perder o reajuste de 20% oferecido pelo governo. Segundo a matéria, 11 sindicatos concordaram com o índice que será parcelado em quatro vezes, sendo a última em dezembro de 2012. Ao anunciar o aumento linear, o governador Tião Viana afirmou que o índice seria o máximo que o governo poderia conceder para não comprometer o orçamento do Estado e descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O assessor especial do Gabinete Civil, que compõe a equipe de negociação salarial, Francisco Nepomuceno declara no texto que “mesmo nessas proporções, o Governo do Estado, através da sensibilidade e da determinação em valorizar o servidor público, paga um salário bem melhor e está oferecendo um reajuste quase quatro vezes superior ao proposto pelo Rio de Janeiro”.

O Sindicato dos Médicos elaborou uma tabela com três propostas de reajustes que oferecem ganho real e corrigem a inflação dos anos de 2011 e 2012. A tabela foi aprovada e conta com o apoio dos sindicatos dos Gestores, Policiais Militares, Bombeiros, Sintesac, Spate, Urbanitários e Sinodonto. Rosildo Vasconcelos, da comissão de negociação dos policiais militares, participou da reunião de sindicatos e defende que o planejamento das ações em favor de novas nego-ciações precisa ter a união das categorias. Os sindicatos anunciaram que irão esperar a resposta do governo até a próxima segunda-feira para não deflagrar greve por tempo indeterminado.

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