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Greve da Ufac deixa acadêmicos sem restaurante e biblioteca

Os alunos da Universidade Federal do Acre sentiram o impacto do segundo dia da greve dos servidores técnico-administrativos que lutam por reajuste de salário e reposição de perdas. Ontem, o movimento decidiu fechar o Restaurante Universitário (RU) até que fosse decidido quais serviços prioritários deverão ser mantidos em cumprimento à lei que estabelece o funcionamento de 30% de atividades essenciais no caso de paralisação dos trabalhadores. A reitoria enviou na tarde de ontem, um ofício ao comando de greve informando quais setores considera fundamentais para manter o mínimo da rotina da instituição.


O presidente do Sintest, Aldemar sena, informou que o documento está sendo avaliado pelo comando de greve. Na manhã de ontem servidores que participaram da manifestação na entrada do campus da Ufac, disseram ser contra o funcionamento de setores como coordenações de cursos, RU e biblioteca. “Serviço essencial para o aluno é professor em sala de aula”, afirmou a técnica que preferiu não ser identificada. Para a reitora Olinda Batista este é um serviço prioritário tanto quanto é o oferecido pelo Restaurante Universitário.

É o caso dos amigos Hemila Oliveira e Carlos Leandro, acadêmicos de Física e História respectivamente. Eles passam o dia inteiro na universidade. No contraturno do horário do curso aproveitam para estudar, pesquisar e fazer os trabalhos. Com a biblioteca fechada a única saída foi sentar no chão, em local mal iluminado, para estudar. Se pudessem indicar os serviços essenciais incluiriam a área das mesas da biblioteca e o RU. “Entendemos a greve, mas eles deveriam liberar pelo menos a parte das mesas pra gente não ficar por aí, no chão”, sugerem. Os estudantes reclamaram ainda do fechamento do restaurante sob o argumento de não conseguir manter os custos da refeição nos restaurantes comerciais.

A reitora Olinda Batista solicitou à Pró-Reitoria de Extensão que reúna os centros acadêmicos para levar esta discussão à comunidade universitária. Para Girlaine Freire, aluna do curso de Saúde Coletiva, a universidade deveria manter um servidor nas coordenações do curso. “Precisei resolver uma questão importante e não tinha ninguém pra atender. Poderia ficar pelo menos um estagiário”. O Sintest orienta os alunos que serviços emergenciais poderão ser relatados ao comando de greve para que providências sejam tomadas. O serviço de limpeza do campus, de responsabilidade de empresa terceirizada, está mantido.

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A Gazeta do Acre: