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Juíza tenta solução para invasores do Ramal Bom Jesus

A juíza Maria Cezarinete de Souza Angelim esteve ontem na invasão do Ramal Bom Jesus, na Vila Acre. Ela, juntamente com um grupo de técnicos, está tentando encontrar uma solução ‘razoável’ para a desocupação da área, onde cerca de 150 famílias se instalaram. Na tentativa de conter a invasão, os proprietários Francisco Valdir Batista e Teobaldo Rebouças chegaram a doar 2,5 hectares para um pequeno grupo de sem-tetos. A magistrada deve, ainda nesta semana, expedir mandado de reintegração de posse.
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Acampados há dois meses no local, cerca de 100 famílias lotaram as galerias da Assembléia Legislativa (Aleac). À época, eles também foram quase despejados pela Polícia Militar durante uma noite. “Estamos aqui para, ver, ouvir e convencer as pessoas que a Constituição Federal garante a posse”, disse Maria Cezarinete, assegurando que a sua equipe viria novamente ao local, acompanhada por membros das secretarias de Habitação e Bem-estar Social.

Assessores da juíza estão fazendo um levantamento onde, de imediato, pôde-se constatar que a maioria dos ocupantes não ‘tão necessitados’. O local também é Área de Proteção Permanente (APP), situada num maior aquífero (águas subterrâneas) do Estado. “Estamos diante de um problema social, que é a falta de moradia. Após um minucioso cadastro, vamos pedir para o Governo do Estado e a prefeitura incluírem essas famílias nos programas habitacionais”, ressaltou a juíza.

Ela determinou que todas as construções em andamento fossem suspensas. A senhora Yaria Régia Rodrigues da Silva, grávida de oito meses e mãe de seis filhos, ao ver a comitiva se aproximar de seu barraco, explicou aos presentes que não tinha onde morar. Nos últimos meses, explodiu a ‘indústria das invasões’ em Rio Branco. Foram ocupadas áreas nas regiões do Alto Alegre, Calafate, Belo Jardim e nas margens da Avenida Amadeo Barbosa.

 

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