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Marcha sindical não atende expectativas, mas consegue reunião com o governo

O líder do Governo do Estado na Assembléia Legislativa (Aleac), Moisés Diniz (PC doB), marcou, para a próxima sexta-feira (17), um encontro da equipe econômica palaciana com 11 sindicatos. O anúncio foi feito no hall do prédio legislativo, depois da ameaça de uma invasão pelos manifestantes. Os sindicalistas querem 21% de reposição salarial, dividida em três vezes de igual valor, além das pautas específicas de cada categoria.
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Apesar de não ter sido muito numerosa, a passeata partiu da Concha Acústica rumo ao gabinete do governador. Lá, os manifestantes cantaram os hinos nacional e acreano, fizeram orações e bradaram palavras de ordem, que denunciavam as ‘manobras’ do governo estadual, não obstante aos xingamentos destinados aos sindicalistas Manoel Lima e Alcilene Gurgel. “Esses pelegos negociaram por fora, fazendo o jogo do governo”, criticou, em tom revoltado, o professor Gláucio Pereira, ameaçando pichar os muros na cidade.       

Os servidores públicos, representados pelos Sindicato dos Trabalhadores Em Educação (Sinteac) e o Sindicato dos Professores Licenciados (Sinplac), fecharam um acordo com o Governo do Estado, à revelia dos demais sindicatos. Eles conseguiram 20% de reajuste salarial, dividido em quatro vezes, além de uma série de reivindicações próprias da categoria.

Os manifestantes partiram para o Palácio Rio Branco, onde ‘abraçaram’ o prédio. “Esse ato simbólico é para dizer que os governantes devem gostar de seu povo. E quem gosta trata bem”, desabafou o sindicalista José Janes Gomes. No intuito de abrir um ‘canal de negociação’, os manifestantes rumaram para o prédio da Assembléia Legislativa.

Confusão
Dispostos a irem para um confronto, os manifestantes decidiram ‘invadir’ as galerias do prédio. A presença de dezenas de idosos no local, no entanto, fez o movimento recuar. “Os deputados precisam dar uma satisfação ao conjunto do funcionalismo público, uma vez que eles estão aqui para defender os interesses da população”, exigia o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Spate), Raimundo Correia.

Enquanto uma comissão tentava conversar com os deputados, um grupo mais exaltado tentou ocupar as dependências do prédio. Seguranças do Poder fizeram um cordão de isolamento, contendo os manifestantes. “Não podemos entrar na Casa do Povo? Isso é um absurdo”, protestou o técnico em enfermagem, Paulo Becker. Os ânimos só se acalmaram com a chegada de um grupo de deputados, entre eles o líder do governo, Moisés Diniz. 

 

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