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Oito categorias ameaçam greve em protesto a reajuste de 15% parcelado

Os sindicato dos Urbanitários, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (SPAT/AC), Sindicato dos Servidores da Saúde (Sintesac), Bombeiros, Policiais Militares, Servidores do Detran (Sindetran), Sindicatos dos Fazendários e Empresa Diretas e Indiretas, reunidos ontem, decidiram fazer uma paralisação de 24 horas em protesto ao rejuste parcelado de 15% . Eles querem em apenas duas parcelas de 7,5% e ameaçam uma greve geral.
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Após a reunião, os dirigentes sindicais foram à Assembléia Legislativa (Aleac) pedir apoio. A reivindicação unificadora das categorias é a reposição inflacionária, que, segundo dados do Índice de Preços de Consumidor Anual (IPCA), ficar em torno de 6,5%. O presidente do SPAT/AC, Raimundo Correia, disse que a união das categorias fortalece o poder de pressão. “Estamos lidando com assessores treinados no movimento social. Eles só não têm argumentos para negar perdas salariais, que devem ser repostas, pois são garantidas pela Constituição Federal”, declarou ele.

O reajuste é dividido em três parcelas. A primeira, de 5%, no próximo mês, a segunda, também de 5%, em janeiro de 2012, e o restante em julho do mesmo ano. O aumento, de acordo com o governo, vai causar um impacto, em 2012, de R$ 150 milhões sobre a folha de pagamento.  

 Antes do anuncio oficial do governo, os percen-tuais de reposição reivindicados eram os seguinte: Sinteac 10%, Sintesac 40%, Sindicato dos Policiais Civis (Sinspol) 45%, bombeiros e policiais militares 117%, Sindetran 55%, e SPAT/AC 47%. “Estamos falando apenas de perdas, ainda faltam os ganhos reais”, explicou o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), José Chaves.

Eletricitários param por 48 horas na próxima semana 

JORGE NATAL

Os trabalhadores do sistema Eletrobras (Eletroacre/Eletronorte) e demais empresas do grupo Eletrobras, fazem, nos dias 6 e 7 próximos, uma paralisação de 48 horas em todo o Brasil. Dando sequencia à terceira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2011/2012,  a direção da Holding apresentou uma proposta de 6,51%, que apenas  repõe as perdas salariais acumuladas no último período. “Não abrimos dos 4,07% de ganho real, e ainda queremos outras reivindicações”, disse o diretor do Sindicato dos Urbanitários, Mauro Bezerra.

Na avaliação do representante sindical da Eletronorte, Ricardo Diogo, os prepostos do conglomerado Holding demonstram ‘um certo deboche’ com as reivindicações dos trabalhadores. “A nossa categoria está indignada com essas posturas, que representam uma ruptura com o ciclo iniciado no governo Lula e que agora querem jogar na lata do lixo”, protestou ele, assegurando que a categoria está unida e mobilizada para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.

‘Diante da ‘intransigência e descaso’ dos representantes da Holding, os eletricitários afirmam  a disposição em buscar a continuidade das negociações nas esferas políticas. Após a mudança na direção da Eletrobras, houve uma reviravolta no tratamento com os trabalhadores. A presidência, de acordo os sindicalistas, se omite das responsabilidades do cargo e dos seus compromissos. A holding é uma junção de empresas que abrem mão de sua independência legal e se unem para constituir uma única organização. Assim, formam-se trustes e cartéis para monopolizar a exploração comer-cial, industrial e de serviços.

O Sindicato dos Urbanitários do Acre, Amazonas, Rondônia, Piauí e Roraima e Alagoas estão denunciando a Eletrobras, que pretende vender as distribuidoras de energia. Demissões em massa, precarização dos serviços, aumento exorbitantes das tarifas, exclusão das parcelas mais carentes da população, acidentes e mortes constantes de trabalhadores em suas atividades por falta de condições de trabalho dignas. Estas seriam, segundo os sindicalistas, as principais consequências da política de privatização.

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