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Sindicatos de 12 categorias deflagram greve geral

 Cerca de 300 servidores públicos representando 12 entidades e três centrais sindicais deflagraram ontem, no hall da Assembléia Legislativa, uma greve geral por tempo indeterminado. Depois de meses de ‘frustradas’ negociações, eles afirmam que o governo estadual ‘impôs’ o percentual de 20%, além de não atender as pautas específicas de cada categoria. O movimento terá início na próxima semana (dia 2). “Os trabalhadores em Saúde vão cobrar todo esse desrespeito”, ameaçou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem (Spate), Raimundo Correia.
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As entidades representativas são: Sindicatos dos Urbanitários, dos Servidores da Saúde (Sintesac), Bombeiros, Policiais Militares, Servidores do Detran (Sindetran), Sindicato dos Servidores Fazendários (Sinfac), das Empresas Diretas (Sindsad) e Indiretas (Sindecaf), Sindicatos dos Policiais Civis (Sinspol), Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinspejac), representantes do Pró-Saúde, Sindicato dos Médicos (Sindmed) e Sindicato dos Odontólogos (Sinodonto), além da CUT, CTB e Força Sindical.

“Eles sequer concederam a reposição das perdas salariais, faltando ainda os ganhos reais e todas as reivindicações específicas de cada categoria. Enquanto o governo se mantém em silêncio, os militares procuram dialogar mesmo com os ânimos para uma nova greve explodindo dentro dos quartéis da Capital e do interior”, disse, em tom de ameaça, o representante dos policiais e bombeiros militares, Abraão Púpio.
Ele explicou ainda que, segundo dados do Índice de Preços de Consumidor Anual (IPCA), a inflação ficar em torno de 6,5% e, no período de 2007 a 2012, ela atingiria a cifra de 30%. O que o governo oferecer (20% parcelado em quatro vezes) é, na realidade, apenas 11,68%”, explicou Púpio. Na ultimas década, policiais e bombeiros militares acumularam uma perda salarial de 117%.

Professores da Ufac podem parar dia 5 de julho

GOLBY PULLIG

Professores da Universidade Federal do Acre podem parar no dia 5 de julho seguindo orientação do Sindicato Na-cional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN que decidiu, em reunião com docentes em junho em Brasília, aderir à paralisação dos servidores públicos federais e mobilizar os professores para realizar o Dia Nacional de Luta em favor da carreira docente. Na ocasião, a categoria irá debater em todo o Brasil o indicativo de greve geral para o segundo semestre de 2011.

No Acre, servidores técnico-administrativos estão em greve desde o dia 6 de junho mantendo apenas 30% das atividades consideradas essen-ciais para o funcionamento da universidade. O sindicato da categoria no Estado, a Adufac, não confirmou a paralisação. Para o presidente do Sintest, Aldemar Araújo, é possível que os professores participem da construção do movimento pela valorização da educação superior pública e que envolve 47 instituições de ensino federais.

Como pauta comum, os servidores federais querem discutir com o governo o projeto de Lei Complementar nº 549 que poderá congelar os salários por 10 anos, além da reposição de perdas salariais, ganho real de 5%, reordenamento de carreira. Os trabalhadores das instituições de ensino querem ainda o fim dos serviços terceirizados para algumas atividades, realização de mais concursos públicos para o provimento de cargos, pagamento de insalubridade e do VCB (Vencimentos Básicos Comprovados), além de exigirem mais investimentos em educação superior.

Decisiva para as ações de mobilização, esta semana começou com vigília do Comando Nacional de Greve da Federação dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) em frente ao prédio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Na segunda-feira, a Universidade Federal de Tocantins deliberou pela paralisação do dia 5. Outras universidades da região Norte decidem em assembléia se participam ou não do movimento.

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