Desde segunda-feira (20), trabalhadores da Embrapa estão em greve de advertência. O movimento deve se estender até hoje, 22 e, no Acre, as principais atividades de pesquisa agropecuária estão paralisadas. A greve de advertência foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), nesta quarta-feira (15/6), porque não houve avanço significativo nas discussões entre sindicato e gestores da Embrapa. Após onze reuniões, metade da pauta continua suspensa. Das 37 seções sindicais, 27 aderiram à greve.
As principais reivindicações dos trabalhadores são reajuste salarial com ganho real, fim das demissões e punições imotivadas e sem processo administrativo, revisão do Plano de Cargos da Embrapa (PCE) e do interstício da tabela salarial e isonomia de benefícios.
O sindicato pede um reajuste de 6,51%, conforme correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), mais ganho real de 5% nos salários dos trabalhadores. Outra bandeira do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) defendido pelo Sinpaf é a isonomia de benefícios, para que trabalhadores contratados recentemente tenham os mesmos benefícios daqueles mais antigos. Uma revisão do Plano de Cargos da Embrapa (PCE) também está sendo pleiteada.
Das 95 cláusulas que compõem a pauta do ACT 2011-2012 apresentada à Embrapa pelo Sinpaf, 45 foram acordadas (25 com avanço e 20 conforme o ACT vigente), 12 foram parcialmente acordadas e 38 permanecem suspensas. Essas últimas são aquelas para as quais a Embrapa apresenta contraproposta insuficiente para acordo ou pede a exclusão.
Caso a empresa não reaja à paralisação de advertência programada para esta semana, os trabalhadores realizarão paralisações nas próximas semanas, de forma progressiva, até o dia 18 de julho, quando poderão entrar em greve por tempo indeterminado.
Informações com o secretário do Sinpaf Acre, João Batista no celular 68 9971-4036. (Assessoria)