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Homem morre após incêndio em fábrica de bebida clandestina

A tragédia aconteceu na tarde de quinta-feira, 16, quando o sócio de uma fábrica clandestina de bebida alcoólica que funcionava na Rua Epitácio Pessoa teve 90 por cento do corpo queimado durante o incêndio.
De acordo com informações de Sidney de Souza, 32 anos, ele e o sócio estariam na fábrica quando Ed Carlos manuseava um maçarico e teve contato com a rede elétrica provocando uma faísca, em seguida, uma explosão.
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“Eu estava dormindo no quarto ao lado quando ouvi a explosão e o Ed Carlos gritando para eu apagar o fogo. Ao sair do quarto vi o teto pegando fogo e ele caído na sala. Ime-diatamente consegui apagar as chamas que ainda atingiam o corpo dele e com um extintor controlei o incêndio e o levei ao Pronto-Socorro”, contou Sidney Souza.

Fabrica clandestina de bebida alcoólica é descoberta por acaso – Vizinhos da casa onde funcionava a fábrica de bebida alcoólica não sabiam que no local funcionava um alambique.

Ao perceberem as chamas eles acionaram o Corpo de Bombeiros que ao chegar ao local encontrou os portões trancados, mas ainda saía fumaça do teto.

Os Bombeiros arrombaram o portão, entraram na casa e foram surpreendidos, pois no local descobriram que funcionava a fábrica.

Após resfriar o teto e as paredes os Bombeiros comunicaram o fato à Polícia Militar, já que tiveram que arrombar o local, pois quando chegaram não havia ninguém na casa.

A Polícia Militar enviou uma guarnição que ao constatar a existência de centenas de garrafas de bebida alcoólica e insumos para confecção da bebida acionaram a Polícia Civil, que até o momento não sabia que uma pessoa teria saído ferida do local.

Minutos depois Sidney de Souza retornou a casa e percebeu a presença dos Bombeiros e a polícias Civil e Militar.

Ele narrou o acidente informando que havia se ausentado para socorrer o amigo e sócio que teria sofrido queimaduras artificiais.

Mesmo assim o delegado plantonista da 4ª Regional solicitou a apresentação do Alvará de funcionamento da fábrica.

Apesar de afirmar que possuía toda a documentação Sidney de Souza não apresentou nenhum documento que comprovasse a regularidade do alambique.

A autoridade policial decidiu lacrar o local e solicitou perícia do departamento de Polícia Técnica.

Sócio da fábrica não resiste às queimaduras – Na manhã de ontem, 17, policiais civis da Delegacia da 4ª Regional retornaram ao local do incêndio, acompanhados de fiscais da Delegacia do Ministério da Agricultura que descobriram que a fábrica funcio-nava de forma ilegal.

O sócio da fábrica, Sidney Souza chegou ao local quando a fiscalização já havia constatado diversas irregularidades, como: corantes com data de uso vencida, instalação inadequada para fabricação de bebida alcoólica.

Muito nervoso Sidney de Souza continuou afirmando que possuía toda a documentação de funcionamento da fábrica, mas, não apresentou os documentos exigidos pelos fiscais e surpreendeu a todos ao revelar que o sócio dele que teria saído do local com queimaduras provocadas pelo incêndio, não teria resistido à gravidade dos ferimentos e havia morrido no Pronto-Socorro.

Morte de sócio será investigada pela Polícia Civil – Por ordem do delegado Rodrigo Noll todos os produtos encontrados na casa e lacrados pelos fiscais do Ministério da Agricultura foram apreendidos.
Segundo a autoridade policial o sócio da fábrica responderá processos administrativos pelo Ministério da Agricultura e poderá ser indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, pela morte de Ed Carlos.

 

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