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Mãe de rapaz confundido com envolvidos no seqüestro de Alexandre Leal pede ajuda

Enquanto servia o almoço para os soldados da Força Nacional, a diarista Maria Raimunda recebeu um telefonema que informava que o filho dela, Zimar Alves Ferreira Júnior, tinha aparecido em um programa de televisão acusado de ser um dos envolvidos no seqüestro seguido de morte de Alexandre Ferreira Leal na madrugada de terça-feira. As notícias desencontradas a conduziram primeiro ao Pronto-Socorro do Huerb, onde disseram que estaria o filho. Logo depois foi informada de que Zimar estava detido na Delegacia de Flagrantes (Defla). A mãe diz que só recebeu autorização para ver o filho no dia seguinte quando a polícia havia encontrado outros cinco suspeitos.
ME-DO-ACUSADO---F.-VICTOR-
“Eles confundiram o meu filho com outra pessoa. Ele não é um bandido. É um menino de 18 anos e apavorado com medo de sair no portão”, conta a mãe, que não reconhece o apelido de “Negão do Taquari” atribuído a ele. A exposição na mídia afetou a família que, segundo Maria Raimunda, havia se mudado há um mês para o bairro. Zimar Ferreira Júnior estava morando sozinho na residência, enquanto ela o esposo e outro filho moravam na rua detrás. As visitas ao filho eram diárias.

No momento em que foi preso ele estaria indo almoçar com o pai que mora no Ramal do Amapá. Ele chegou a ser reconhecido pela estudante Janaira Barros, a outra vítima do seqüestro, que no dia seguinte após a prisão de outros suspeitos se retratou do reconhecimento. “É difícil olhar para os vizinhos e imaginar que eles pensam que meu filho é um bandido. Ele saiu em jornais, até nacionais, como assassino”, desabafa ao mesmo tempo em que afirma que não sabe se acionará a Justiça para reparação de danos morais. Seus objetivos agora são mudar de bairro e conseguir tratamento para o filho.

Detido na terça-feira, Zimar Ferreira Júnior, foi liberado no início da noite de sexta. Como demonstrava medo e nervosismo, a mãe diz que o levou naquela mesma noite ao Hospital de Saúde Mental do Acre, Hosmac, onde foi atendido pela médica responsável do plantão que prescreveu as medicações Haldol e Fenergan. Agora não vou poder trabalhar. Como vou deixar meu filho só, assustado, tomando medicação controlada? Ele que era um menino alegre agora nem fala mais”.

 

 

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